A Verizon está próxima de vender o Yahoo e outras mídias para a gestora Apolo Global Management, por algo entre US$ 4 bilhões e US$ 5 bilhões. Segundo o Financial Times, o fechamento do negócio deve ser divulgado em breve.
Segundo comentários, a movimentação da Verizon vem em meio a uma tentativa da companhia de focar seus investimentos no desenvolvimento de redes e de tecnologia 5G. O Yahoo, um dos primeiros buscadores disponíveis no mundo e em seu age um dos sites mais populares dos Estados Unidos, adquirido pela Verizon em 2017, não seria mais uma prioridade para companhia.
A venda do ativo pela Verizon, porém, marca uma estratégia mal sucedida da empresa de telecomunicação. A companhia gastou entre 2015 e 2017 cerca de US$ 9 bilhões para adquirir o Yahoo e o AOL.
Venda de Yahoo marca estratégia mal sucedida da Verizon
A telecom seguiu a tendência que outras grandes empresas do setor tomaram na época – queria deixar de ser apenas uma provedora de internet para também atuar como criadora e proprietárias da programação e do conteúdo acessados pelos clientes através da banda larga que provê.
A maior rival da Verizon, a AT&T, adquiriu a Time Warner, dona da CNN, do HBO e da Warner Brothers, por US$ 85,4 bilhões há cinco anos atrás, visando construir um negócio capaz de concorrer ativamente com a Netflix. A estratégia apresentou, até agora, resultados mistos.
A Verizon, ao adquirir o Yahoo, pretendia criar uma plataforma de conteúdo e marketing que lhe permitisse competir com o Google e com o Facebook. No entanto, não conseguiu uma fatia de mercado significativa de seus rivais e a estratégia teve de ser reconsiderada. Em 2018, a companhia passou por uma redução do valor contábil de US$ 4,6 bilhões em seus negócios pelo fato de as marcas não terem atingido as receitas e ganhos esperados.
A venda do Yahoo reforça ainda mais a decisão da Verizon de dobrar a expansão de seus serviços de Internet 5G, que cobriram 230 milhões de pessoas e 2.700 cidades no último ano.