Verizon adere a boicote ao Facebook por discursos de ódio
A Verion (NYSE: VZ), gigante de telecomunicações dos Estados Unidos, juntou-se a outras empresas e aderiou ao boicote ao Facebook (NASDAQ: FB). A multinacional das redes sociais teria falhado na repressão a discursos de ódio de seus usuários.
O boicote ao Facebook faz parte da campanha Stop Hate For Profit (Pare de lucrar com o ódio, em tradução livre) que exige da empresa regras mais rígidas contra conteúdos racistas e discursos ofensivos, instaurada após uma carta aberta da Liga Anti-Difamação (ADL).
Nesse movimento, cerca de 80 empresas, como The North Face e Ben & Jerry Goodby Silverstein, entre outras menores, prometem parar de anunciar nas plataformas da gigante norte-americana — dona do Instagram e do WhatsApp. Apenas em 2019, a receita de publicidade do Facebook atingiu US$ 70 bilhões (cerca de R$ 383,91 bilhões).
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A ADL, na última quinta-feira (25), em comunicado às empresas anunciantes, disse que o Facebook se recusou a remover anúncios políticos que continham “mentiras flagrantes” e demorou a responder às solicitações para retirar conteúdo conspiratório.
“Seus dólares para compra de anúncios estão sendo usados pela plataforma para aumentar seu domínio no setor às custas de comunidades vulneráveis e marginalizadas, que muitas vezes são alvos de grupos de ódio no Facebook”, disse a Liga.
A Verizon é maior empresa em valor de mercado que aderiu ao movimento contra o Facebook. Somente nas primeiras três semanas desse mês, a empresa de telecomunicações gastou cerca de US$ 850 mil em anúncios nas plataformas.
“Das eleições seguras à pandemia global e à justiça racial, os riscos são altos demais para que a empresa [Facebook] continue sendo cúmplice na disseminação da desinformação e no fomento ao medo e ao ódio”, disse a Patagonia, empresa do segmento da moda, em sua conta no Twitter sobre o movimento.
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O Facebook, por sua vez, têm procurado conter o número de empresas que evitam anunciar em suas plataformas. No início desta semana, a empresa defendeu suas políticas em uma teleconferência com quase 200 clientes. A companhia admitiu que possui um “déficit de confiança”, mas está “aqui para ouvir” quem o questiona.