O Tribunal Supremo de Justiça da República Bolivariana da Venezuela (TSJ) revogou nesta quinta-feira (2) a medida de prisão domiciliar do opositor de Nicolás Maduro, Leopoldo López. A corte é formada em sua maioria por juízes leais ao governo chavista. O TSJ ordena a prisão do aliado de Juan Guaidó.
Leopoldo López foi liberto na terça-feira (30), e participou do levante liderado na capital da Venezuela, Caracas, pelo pela oposição, encabeçada pelo presidente autodeclarado Guaidó.
No mesmo dia, López pediu asilo à embaixada do Chile na Venezuela. Mas conseguiu abrigo na embaixada da Espanha em Caracas, capital venezuelana. A embaixada chilena transferiu o político, pois o local já abriga outros opositores.
Nas redes sociais, o Tribunal Supremo de Justiça publicou que López violou as condições de detenção domiciliar. Assim, o TSJ ordenou a apreensão do cidadão ao Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional (Sebin).
“O Quinto Tribunal de Execução ordena que o mencionado cidadão continue cumprindo sua pena de 13 anos de prisão, dos quais cumpriu cinco anos, dois meses e doze dias”, afirmou o TSJ.
Clique aqui e confira a publicação na íntegra.
Casa de Leopoldo López foi invadida e roubada
A casa do opositor de Maduro foi invadida e roubada na última quarta-feira (1º). Segundo informou a mulher do político, Lilian Tintori, vários homens foram os autores do crime.
Conforme apuração do “G1”, testemunhas informaram ter identificado os invasores como agentes do Sebin, órgão ligado ao governo chavista.
“Foi o Sebin, o Sebin mau, porque há agentes patriotas que querem a liberdade da Venezuela”, disse Lilian Tintori pouco depois de entrar no imóvel.
Lilian também encontra-se na residência do embaixador da Espanha em Caracas, Jesús Silva Fernández.
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Juan Guaidó, o presidente autodeclarado da Venezuela
Deputado pelo Partido Vontade Popular, Guaidó é o líder da Assembleia Nacional da Venezuela. Em 23 de janeiro de 2019, declarou-se presidente da Venezuela, e iniciou uma crise presidencial no País.
Na prática, a autodeclaração de Guaidó, enquanto líder do Parlamento, assume que o órgão julga como “juridicamente ineficaz” a Presidência exercida por Nicolás Maduro.
Maduro é mandante do Partido Socialista Unido de Venezuela (PSUV), e assumiu como presidente da Venezuela em 10 de janeiro. Maduro é sucessor do ex-presidente, Hugo Chávez, e pró bolivarianismo.
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