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Venezuela: líder opositor do governo pede asilo à embaixada do Chile

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Líder opositor da Venezuela, Leopoldo López. (divulgação)

O líder opositor do governo da Venezuela, Leopoldo López, pediu asilo na embaixada do Chile, em Caracas, nesta terça-feira (30). Não há confirmação referente ao aceite do pedido.

A liderança da oposição do governo do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, estava em prisão desde agosto de 2017. Contudo, nesta data, militares que apoiam a oposição permitiram que López deixasse o local.

Desta forma, López acompanhou o líder da oposição, Juan Guaidó, até a base aérea de La Carlota, em Caracas, onde anunciou apoio de militares dissidentes na luta contra o regime de Maduro.

Twitter

Após quase dois anos sem tweets, o líder da oposição publicou em sua conta do Twitter: “A fase definitiva para cessar a usurpação, a Operação Liberdade, foi iniciada. Fui libertado pelos militares sob ordens da Constituição e do presidente Guaidó. Mobilizem-se todos. É hora de conquistar a liberdade. Força e fé.”

Venezuela: ha iniciado la fase definitiva para el cese de la usurpación, la Operación Libertad. He sido liberado por militares a la orden de la Constitución y del Presidente Guaidó. Estoy en la Base La Carlota. Todos a movilizarnos. Es hora de conquistar la Libertad. Fuerza y Fe pic.twitter.com/Awm6P09ZM0

— Leopoldo López (@leopoldolopez) April 30, 2019

López estava preso desde 2014, e cumpria pena de quase 13 anos de reclusão em regime de prisão domiciliar. A acusação era de tentativa de deposição do governo de forma violenta.

De fato, Lópz liderava o setor mais crítico da oposição, que, na época, dividia-se entre a maneira democrática ou insurrecional para conquistar a deposição de Nicolás Maduro, herdeiro de Hugo Chávez.

Saiba mais – Confronto na Venezuela: Blindados do governo Maduro avançam contra manifestantes

Asilo de opositores do governo da Venezuela no Brasil

Em meio a conflitos na Venezuela, 25 militares venezuelanos pediram asilo ao governo brasileiro nesta terça-feira (30). A informação foi confirmada pelo porta-voz da Presidência da República, Otávio Rego Barros, ao “G1”.

Ainda não foi confirmado se o Brasil vai conceder o asilo aos militares. Contudo, o governo analisa pedido que ocorre durante manifestações no país. Isto ocorre porque protestantes pró-Maduro e pró-Guaidó travam embates e causam tumultos pelas ruas venezuelanas.

Vídeos nas redes sociais mostraram carros blindados da Guarda Nacional Venezuelana avançando sobre protestantes. Nesse sentido, um chefe militar da Venezuela declarou à “AFP” que, diante da situação, “é possível que ocorra um banho de sangue”.

Protestos foram registrados nas cidades de Maracaibo e San Cristóbal, no oeste da Venezuela. Além disso, as redes sociais no país estão funcionando com instabilidade e a energia elétrica está comprometida em muitas partes do país.

Entenda quem é Juan Guaidó, o principal líder da oposição

Deputado pelo Partido Vontade Popular, Guaidó é o líder da Assembleia Nacional da Venezuela. Em 23 de janeiro de 2019, declarou-se presidente da Venezuela, e iniciou uma crise presidencial no País.

Na prática, a autodeclaração de Guaidó, enquanto líder do Parlamento, assume que o órgão julga como “juridicamente ineficaz” a Presidência exercida por Nicolás Maduro.

Maduro é mandante do Partido Socialista Unido de Venezuela (PSUV), e assumiu como presidente da Venezuela em 10 de janeiro.

Uma lista que supera 50 países, incluindo o Brasil, reconhece a presidência autodeclarada de Juan Guaidó na Venezuela.

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