Venezuela teve inflação de 130.060% em 2018 e retração na economia

A Venezuela registrou uma inflação de 130.060% em 2018 e uma retração econômica de 47,6% entre 2013 e 2018, segundo o Banco Central do país.

De acordo com o Banco Central da Venezuela, na última terça-feira (28), a inflação atingiu 274,4% no ano de 2016, em 2017, foi de 862,6% e 2018 chegou a 130.060,2%.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) avaliou o país teve um inflação de 1.370.000% durante o ano passado. Em 2019, o FMI prevê uma inflação de 10.000.000% na Venezuela.

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O Banco Central venezuelano ainda afirma que as exportações de petróleo caíram para 29,810 bilhões de dólares em 2018, contra 85,603 bilhões em 2013 e 71,732 bilhões em 2014, quando houve queda nos preços do óleo. O petróleo é responsável por 96% da renda do país.

Mesmo com os preços se recuperando a partir de 2016, uma grande queda na produção venezuelana impediu o aumento da renda.

Os números indicam que a oferta do petróleo que já foi de 3,2 milhões de barris por dia há uma década, caiu para 1,03 milhão no último mês.

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O relatório divulgado na última terça-feira (28) foi o primeiro em três anos. Durante o período o Banco Central da Venezuela parou de publicar os relatórios, sem que houvesse justificativa.

Última estimativa do FMI

De acordo com a projeção do Fundo Monetário Internacional (FMI), divulgado no último mês, a inflação na Venezuela pode chegar a 10.000.000% ao ano e o desemprego deve ultrapassar a casa dos 45% em 2019.

Diante da grave crise em que a Venezuela enfrenta é difícil fazer previsões precisas. Para a economista-chefe e diretora de pesquisa do FMI, Gita Gopinath, a grande preocupação é com a baixa produção de petróleo que está motivando o rebaixamento do país.

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Para a Venezuela, o FMI estima uma redução de 25% neste ano. Este resultado é devido ao recuo de 18% do Produto Interno Bruto (PIB) venezuelano no último ano. Quanto ao desemprego a estimativa é de 47,9%.

Renan Bandeira

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