O líder da oposição, o presidente autoproclamado da Venezuela, Juan Guaidó, disse neste domingo (14) em entrevista ao jornal argentino “Clarin” que o país não passará por uma intervenção militar.
“O único que pode autorizar uma missão e intervenção estrangeira é o Parlamento nacional. Isto elimina qualquer possibilidade de intervenção militar”, disse Guaidó na entrevista. Além disso, o líder afirmou que houve avanços na Venezuela “para encurralar e colocar Maduro contra as cordas”.
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Guaidó disse ainda que a intervenção militar nunca esteve nos planos da oposição para retirar Maduro do poder. De acordo com o oposicionista, é o ditador que procura uma “solução militar” quando “fala com (o presidente sírio) Bashar Al Assad e ameaça transformar o país em outra Síria” e “abre voos dos iranianos entre Teerã e Caracas”.
“Aqui de fato já existe uma intervenção militar ilegítima, como a russa e a cubana permitidas por Maduro”, afirmou Guaidó, que insistiu que na Venezuela “há tropas russas não autorizadas” que “devem ir embora”.
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O presidente autoproclamado declarou que “não pode haver uma intervenção militar, mas sim cooperação internacional”. O chefe do legislativo espera uma resposta dos militares para colocar fim ao que classificou como “ditadura”.“Segundo as últimas pesquisas, 97% do país está contra Maduro e 91% querem uma mudança de governo. Estamos, então, esperando que os generais ativos se pronunciem”, completou.
Para Guiadó, o regime de Madura é “sádico e miserável”, porque “bloqueia a comida e remédios para um povo faminto e carente e, além disso, se vangloria com essa atitude”.
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O líder disse ainda que a Venezuela passa por um momento econômico desastroso. “Estamos com mais de 2.000.000% de inflação e o Banco Mundial projeta 10.000.000% de hiperinflação. A contração econômica este ano será de 25%. O salário mínimo mensal é de US$ 5 e continua caindo”, advertiu.
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