Estados Unidos e Rússia iniciaram uma disputa no Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) de projetos de resolução que tratam da crise na Venezuela.
Os Estados Unidos apresentaram um projeto de resolução que pede à Venezuela que facilitem a entrada de ajuda humanitária internacional e a realização de novas eleições. Porém, a Rússia, aliada do país sul-americano, propôs um texto alternativo.
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Na proposta, a Rússia expressa a preocupação do conselho com “tentativas de intervenção em questões que estão essencialmente sob jurisdição doméstica” e “ameaças de uso da força contra a integridade territorial e a independência política” da Venezuela.
No texto, ao qual as agências de notícias tiveram acesso, os Estados Unidos expressam o “pleno apoio” do Conselho de Segurança à Assembleia Nacional Venezuelana, que é definida como a “única instituição democraticamente eleita do país”.
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Na resolução, os EUA manifesta sua “profunda preocupação com a violência e o uso excessivo da força por parte das forças de segurança venezuelanas contra manifestantes pacíficos não armados” e solicita novas eleições presidenciais “livres, justas e credíveis”.
Além disso, o projeto informa que é necessário evitar “deterioração adicional da situação humanitária” na Venezuela, que vive uma crise humanitária. De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), o número de venezuelanos fugindo da crise deve chegar a 5,3 milhões em 2019.
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Ainda não há uma data definida para a votação do texto. Fontes diplomáticas informam que a Rússia irá vetar a resolução. O país possui o direito a veto junto com outros quatro países:
- Estados Unidos
- Reino Unidos
- França
- China
Além dos Estados Unidos, mais de 40 países já declararam apoio ao presidente da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, como Alemanha e Brasil. No entanto, Nicolás Maduro tem como aliado a China e as Forças Armadas venezuelanas, considerado o principal pilar de sustentação do regime de Maduro.
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