Venezuela enfrenta apagão há mais de 16 horas
A Venezuela está enfrentando um apagão há mais de 16 horas. A capital Caracas e outras grandes cidades do país estão sem energia elétrica.
O apagão começou as 16h50 locais (as 17h50 em Brasília) da última quinta-feira (7). Um problema na hidrelétrica de Guri, a principal da Venezuela teria gerado a falta de energia elétrica. Guri é uma das maiores represas geradoras de energia da América Latina. A infraestrutura, localizada no estado meridional de Bolívar, fica atrás apenas da usina de Itaipu, na fronteira entre Brasil e Paraguai.
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Por causa da eletricidade, o governo da Venezuela anunciou o fechamento das escolas e a suspensão do dia de trabalho. O anuncio oficial foi divulgado pela vice-presidente, Delcy Rodríguez, em sua conta no Twitter.
O apagão atingiu 23 dos 24 estados da Venezuela, incluindo Zulia, Táchira, Mérida, Lara, Miranda, Vargas, Aragua, Carabobo, Cojedes, Monagas, Anzoátegui e Bolívar.
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Desordem em Caracas
A falta de energia elétrica em Caracas afetou serviços públicos, como o metrô, e obrigou a população a voltar para casa ao invés que ir trabalhar. Linhas telefônicas e de internet trabalham com serviços intermitentes. Na capital a população se revoltou e realizou panelaços de protesto.
A partida da Copa Libertadores entre o Deportivo Lara e Emelec do Equador foi adiada. O jogo do Grupo B da competição tinha que ocorrer em Barquisimeto, no oeste da Venezuela.
A Venezuela sofre há tempo com falta de energia elétrica. A economia do país está em colapso, faltam produtos básicos, além de alimentos e remédios. Segundo o Fundo Monetário Internacional, a inflação deve atingir os 10.000.000% em 2019. Centenas de milhares de Venezuelanos já abandonaram o país.
Maduro responsabiliza os EUA
O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, acusou os Estados Unidos de serem responsáveis pelo apagão.
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“A guerra elétrica anunciada e dirigida pelo imperialismo americano contra nosso povo será derrotada. Nada nem ninguém poderá vencer o povo de Bolívar e Chávez. Máxima união dos patriotas”, escreveu Maduro em seu Twitter.