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Venezuela e China firmam 28 acordos de cooperação estratégica

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. (divulgação)

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, está em visita à China, onde assinou vinte e oito acordos entre os países nesta sexta-feira, pela 16ª Comissão Mista. A ação tem como objetivo estabelecer cooperação estratégica nos setores de petróleo, mineração, economia, segurança, tecnologia e saúde.

“Hoje estão sendo assinados 28 acordos que ratificam o caminho do desenvolvimento compartilhado dos investimentos para tornar realidade o crescimento de nossas empresas mistas”, declarou Maduro em discurso em Pequim, logo antes de se reunir com Xi Jinping, presidente da China.

Entre os acordos, assinados também pelo chanceler chinês e conselheiro de Estado, Wang Yi, se destacam a concessão de 9,9% das ações da empresa mista petrolífera venezuelana Sinovensa, assim como a assinatura de um memorando de entendimento para o desenvolvimento das empresas de hidrocarbonetos Petrourica e Petrozumano.

Foi firmado, também, um acordo que fortalece a cooperação entre a Corporação Nacional de Exploração de Gás da China (CNODC) e a Petróleos de Venezuela (PDVSA) com a ideia de explorar o gás venezuelano. Ainda foi firmado outro acordo para exploração do setor aurífero, com a empresa chinesa Yankuang Group.

Além disso, Venezuela e China assinaram um memorando de entendimento entre a empresa de tecnologia ZTE e o Ministério do Poder Popular para a Saúde venezuelano.

Maduro apontou o alinhamento dos acordos com o Programa de Recuperação, Crescimento e Prosperidade Econômica da Venezuela, que teve início dia 20 de agosto, e declarou que as relações comerciais entre as nações “passaram pelas provações da crise financeira mundial”.

“Tive que lidar com as medidas de sanções econômicas dos Estados Unidos e da Europa, que perseguiram as contas bancárias da Venezuela, sequestraram bilhões de dólares em contas internacionais e bloquearam nosso comércio”, acusou o presidente venezuelano.

Maduro ainda citou os desafios econômicos pelos quais a Venezuela passa devido à “guerra imposta por países imperiais” e valorizou o apoio da China para resolvê-los.

“Graças aos acordos da comissão mista e à sólida relação entre China e Venezuela, nosso país pôde enfrentar essas circunstâncias e posso dizer que hoje a Venezuela está de pé”, disse Maduro.

Já Wang afirmou que, “apesar das complexas circunstâncias internacionais, a China está disposta a trabalhar com a Venezuela para fortalecer as trocas comerciais e a amizade entre ambos os países, por isso será necessário otimizar os modelos de cooperação, a fim de enriquecer a associação estratégica”.

“Os líderes vão chegar a novos consensos, vão elevar a qualidade e a quantidade da cooperação. Nossa relação está em uma importante etapa de desenvolvimento; queremos que continue sendo sólida e que avançando”, apontou ainda Wang.

A visita de Maduro a Pequim é inesperada e ocorre em um momento no qual a Venezuela vive graves dificuldades econômicas. A vice-presidente venezuelana, Delcy Rodríguez, viajou nesta mesma semana ao país asiático, onde se reuniu com o presidente da Corporação Nacional de Petróleo da China (CNPC), Zhang Jianhua.

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