Vender os Correios é uma das prioridades do governo, diz Paulo Guedes
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que uma das prioridades do governo é a venda dos Correios. A declaração ocorreu nesta quinta-feira (01) durante uma palestra na Universidade Feevale, em Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul.
Segundo o ministro, a privatização dos Correios deverá ocorrer após a venda da BR Distribuidora. “Entregar carta? Alguém escreve carta aí hoje em dia? Não serve pra ninguém esse modelo econômico que está aí”, disse Guedes.
Paulo Guedes afirmou ainda que, ao depender dele, todas as companhias estatais seriam privatizadas.
“Por mim, eu disse na campanha, todas [seriam vendidas]. Acho que não vou conseguir. Eu queria R$ 1,2 trilhão na Previdência e não consegui”, disse o economista.
No último mês, o presidente Jair Bolsonaro já havia afirmado que tem intenção de privatizar a estatal, no entanto, não deu um prazo para que isso aconteça.
Taxa de juros
Durante a palestra, o ministro falou também sobre o corte de 0,5 ponto na taxa Selic. A redução feira pelo Comitê de Políticas Monetárias (Copom) ocorreu na última quarta-feira (31).
Conforme Guedes, o governo ainda deverá realizar novos cortes para melhorar a política fiscal.
“Muito interessante. 50 pontos-base, se tiver mais uma ou duas dessas, já são R$ 40 bi, R$ 50 bilhões de melhoria nas finanças públicas no ano que vem, isso é ótimo”, afirmou o ministro.
Greve dos Correios
Na última quarta-feira (31), os funcionários dos Correios se reuniram para decidir se iriam paralisar suas atividades. Conforme a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) a greve possui data para iniciar, no entanto, não possui para encerrar.
Saiba mais: Greve dos Correios pode ter início nesta quarta-feira
O objetivo da greve seria reivindicar o “baixo reajuste salarial”. O secretário de imprensa da Fentect, Fischer Moreira, informou que ainda estão dispostos a negociar.
Além disso, Moreira disse estar ciente do momento no qual os Correios estão passando, a estatal é prioridade de privatização no governo de Jair Bolsonaro, mas que é necessário entender o lado do trabalhador.