Vendas do varejo em abril têm recuo de 0,6% em relação a março

Após dois meses marcados pela estabilidade, o volume de vendas do varejo caiu 0,6% em abril. Conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) esse é o pior resultado para o mês desde 2015, quando registrou -1%.

De acordo com a gerente da pesquisa de vendas do varejo, Isabella Nunes, esse resultado demonstra a estagnação da economia brasileira. “Só essa observação já nos mostra uma perda de ritmo no ano de 2019”, disse Nunes.

Além disso, a gerente completa que “de janeiro a abril não acumulou nada. É como se o ano de 2019 não tivesse dado nenhuma contribuição para a recuperação da trajetória de queda iniciada em 2014″.

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Resultados

Em março foi registrado uma alta de 0,1%, por sua vez, fevereiro registrou queda de 0,1%. Em comparação com abril de 2018, houve alta de 1,7%. Confira os resultados dos outros meses:

Fonte: IBGE - Pesquisa Mensal de Comércio

Conforme o IBGE, das oito atividades do setor varejista cinco demonstraram queda em abril. Além disso, dois setores registraram quedas consecutivas, o setor de hipermercado e de vestuário.

“São atividades que já vêm mostrando perda de ritmo. O hipermercado, que responde pelo maior peso na pesquisa, já acumula uma queda de 3,4% de fevereiro a abril”, disse Isabella.

Outro setor destacado pela gerente foi a venda de artigos farmacêuticos que vinha em um progresso contínuo mas registrou queda de 0,7%. “Provavelmente houve antecipação das compras em março, já que foi amplamente divulgado que haveria o aumento oficial determinado pelo governo“, disse Nunes.

Saiba Mais: Vendas do varejo em janeiro têm alta de 0,4% em relação a dezembro

De todos os 27 estados brasileiros, apenas sete não demonstraram recuo nas vendas. A redução mais intensa foi na Paraíba com -3,5%, no Rio de Janeiro com -2,8% e no Pará com -2,6%.

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Em uma visão panorâmica da situação das vendas do varejo no mês de abril, Isabella diz que “essa situação dificulta o crescimento da massa de rendimentos, que é o que impulsiona o consumo“.

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Poliana Santos

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