O comércio varejista registrou uma alta no volume de vendas em junho frente ao mês de maio. O avanço nas vendas no varejo foi de 8% em relação ao mês anterior, na série com ajuste sazonal. Na série sem ajuste sazonal, em relação a junho do ano passado, o comércio varejista cresceu 0,5%. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No acumulado dos últimos 12 meses, o crescimento do varejo foi de 0,1%. O volume de vendas no comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças e de material de construção, teve alta de 12,6% em relação a maio, enquanto a média móvel do trimestre foi 3,9%. O comércio varejista ampliado, entretanto, apresentou um novo recuo, de 0,9%, a quarta taxa negativa, em relação a junho de 2019.
O mês de junho foi o segundo consecutivo em que os resultados foram menos impactados pelas medidas de isolamento social em decorrência da pandemia de Covid-19. Em relação aos relatos de justificativa da variação de receita das empresas, na amostra coletada pelo IBGE, 32,9% das companhias citaram o coronavírus como principal causa de modificação no valor das vendas.
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Atividades do comércio que apresentaram alta em junho
Na série com ajuste sazonal, na passagem de maio para junho de 2020, no comércio varejista, houve alta em sete das oito atividades. Foram elas:
- Livros, jornais, revistas e papelaria (69,1%);
- Tecidos, vestuário e calçados (53,2%);
- Móveis e eletrodomésticos (31,0%);
- Outros artigos de uso pessoal e doméstico (26,1%);
- Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (22,7%);
- Combustíveis e lubrificantes (5,6%);
- Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,7%).
Somente o setor de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos registrou uma queda na vendas em relação a maio, de 2,7%.
Queda trimestral e semestral de vendas no varejo
Houve uma queda na intensidade das vendas no varejo na passagem do primeiro para o segundo trimestre deste ano, saindo de 1,6% para -7,7%. A diminuição representa um recorde histórico, negativo, na comparação anualizada de trimestre para trimestre.
Assim como nos resultados trimestrais, o impacto da pandemia, que levou ao fechamento de lojas físicas e a redução de compras desde a segunda quinzena de março, fez com o primeiro semestre de 2020 registrasse resultados negativos recordes para o varejo. Em comparação ao mesmo semestre do ano anterior, as vendas no varejo tiveram queda de 3,1%. Foi o primeiro valor negativo desde os primeiros seis meses de 2017, quando houve uma queda de 0,2%, e o mais intenso desde o segundo semestre de 2016, período em que registrou baixa de 5,6%.