A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) realizou um estudo durante o período de 15 de março até o dia 18 de abril desse ano e destacou que o varejo brasileiro deixou de faturar cerca de R$ 86,4 bilhões. A queda teve influência das medidas adotadas pelo governo para tentar conter uma maior disseminação do novo coronavírus (Covid-19).
Em comparação ao mesmo período de 2019, essa perda do setor de varejo representou uma queda de 39%. Segundo a CNC, cerca de 80% dos estabelecimentos comerciais foram fechados devido a decretos municipais e estaduais.
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Além disso, a confederarão prevê que no próximo trimestre, cerca de 2,2 minhões de vagas de empregos no setor de comércio serão fechadas.
Em relação aos setores de alimentos e medicamentos, a entidade declarou que em comparação com o mesmo período de 2019, obtiveram uma queda de R$ 8,13 bilhões no faturamento. Já os produtos considerados não essenciais, foram os que mais deixaram de ganhar, apresentando um decréscimo de R$ 78,27 bilhões.
O estudo demonstrou que, em números relativos, os estados que mais deixaram de ganhar foram:
- Piauí com uma queda de 49,6%;
- Ceará perdendo cerca de 49,3%;
- Santa Catarina com um decréscimo de 46,8%.
Já em números absolutos, o estudo apontou que os cinco estados brasileiros que mais perderam durante o período de isolamento social, foram:
- São Paulo (R$ 26,58 bilhões);
- Minas Gerais (R$ 6,90 bilhões);
- Rio Grande do Sul (R$ 6,63 bilhões);
- Rio de Janeiro (R$ 6,55 bilhões);
- Santa Catarina (R$ 6,26 bilhões).
Vendas no varejo caem 11,7% em março
As vendas no varejo brasileiro recuaram 11,7% em março, descontada a inflação, em comparação com o mesmo período no ano passado. A queda apontada, pelo Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA), divulgado no último dia 17, foi por causa da pandemia.
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Segundo o indicador calculado pela empresa de maquininhas, a receita de vendas no varejo, em termos nominais, apresentou queda de 9,7%. Trata-se do resultado mais negativo apurado pelo índice desde sua criação em janeiro de 2014. O ICVA aponta que além do coronavírus, a queda significativa é em razão também do calendário do mês de março do ano passado, que foi celebrado o carnaval.