O lançamentos de imóveis residenciais caíram 9% ficando em 34,939 mil unidades durante o quarto trimestre de 2018, na comparação anual, de acordo com o levantamento da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). Durante 2018, o setor registrou uma alta de 3,1%, lançando 95,566 mil unidades.
Durante o quarto trimestre, as vendas de imóveis residenciais registraram uma alta de 4,4% totalizando 34.378 mil unidades. No entanto, no acumulado do ano, foi registrado uma alta de 19,2% totalizando 100,787 mil unidades.
De acordo com o presidente da CBIC, José Carlos Martins, por conta das vendas terem sido maiores que os lançamentos em 2018, os estoques foram reduzidos para 11 meses de comercialização.
Dessa forma, caso não haja mais nenhum lançamento durante este ano, o número de imóveis disponíveis no mercado se esgotará em 11 meses.
Até o fim do último ano, a oferta disponível de imóveis no Brasil era de 124,028 mil unidades. De acordo com CBIC, o volume foi 10,8 menor do que o do fim de 2017.
No entanto, desse total, 54,408 estava localizado na região Sudeste. Na comparação anual, a oferta na região caiu em 6,6%.
De acordo com a CBIC, o total da oferta ficou dividido da seguinte forma:
- Imóveis em construção: 45%;
- Imóveis prontos: 30%;
- Imóveis na planta: 25%.
Além disso, a maior parte das ofertas eram unidades de dois dormitórios.
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Mercado imobiliário para o presidente da CBIC
De acordo com Martins, existe grande otimismo em relação ao mercado imobiliário brasileiro, principalmente após os números do último trimestre. No entanto, ele afirmou que existe grande preocupação em relação a adesões do programa Minha Casa, Minha Vida.
“As contratações do programa em janeiro caíram 80% em relação ao mesmo mês do ano passado, em decorrência da transição de governo”, disse.
Conforme o presidente da entidade, há sinais de uma melhora na contratação mas a situação ainda é preocupante. Segundo Martins, o programa corresponde a dois terços do mercado imobiliário brasileiro. De acordo com os dados da CBIC, o Minha Casa, Minha Vida representou 52% dos lançamentos de 2018.
Valor dos imóveis
As regiões apuradas pelo CBIC registraram uma alta real de 3,7% no preço dos imóveis, entre maio de 2017 e dezembro de 2018.
Além disso, o preço médio dos imóveis subiu 9,68%. No caso do Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) a alta foi de 6,95% no mesmo período.