Vendas do comércio aumentam 1,6% em maio com menores restrições
A redução das restrições necessárias ao combate à pandemia de covid-19 em maio permitiu uma recuperação do comércio. As vendas do setor tiveram alta de 1,6% na comparação com abril.
O setor de materiais de construção voltou a ser destaque, com elevação de 4,8%. Os dados, nacionais, são do Indicador de Atividade do Comércio da Serasa Experian e foram divulgados hoje (11).
De acordo com a pesquisa, todos os segmentos cresceram em maio, na comparação com o mês anterior, exceto o de combustíveis e lubrificantes, que teve a maior baixa do ano (6,8%). Supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas cresceram 1,7%; móveis, eletrodomésticos, eletroeletrônicos e informática, 3,2%; veículos, motos e peças, 2,8%; e tecidos, vestuários, calçados e acessórios, 3,5%.
“As restrições de funcionamento impostas aos comércios físicos nos meses de março e abril foram amenizadas a partir do início de maio, sendo assim, a presença mais ativa dessas empresas possibilitou um maior nível de consumo e uma leve aceleração das vendas”, destacou o economista da Serasa Experian Luiz Rabi.
Atividade industrial segue elevada, diz CNI
A atividade industrial continua elevada no Brasil, segundo dados dos Indicadores Industriais divulgados hoje (11) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Ao comentar o indicador, o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, lembrou que o emprego continua aumentando. “São nove meses de alta no emprego industrial no Brasil. A massa salarial e o rendimento médio para os trabalhadores também aumentaram na passagem de março para abril de 2021”. Segundo ele, “apenas o faturamento mostrou queda na comparação do período da pesquisa, mas isso já oscila há alguns meses”.
Marcelo Azevedo avalia que a atividade industrial persistentemente alta reflete a busca pela recomposição de estoques. “Todo esse movimento, com utilização da capacidade instalada elevada e crescimento constante no emprego, é resultado do rápido crescimento do segundo semestre do ano passado e da resiliência na indústria nos primeiros meses do ano”.
Segundo a CNI, os Indicadores Industriais mostram que, no auge da segunda onda da covid-19, na virada de março para abril, a indústria reagiu de forma positiva. As horas trabalhadas na produção cresceram 0,7% em abril, após alta de 1,1% no mês anterior.
Segundo a entidade empresarial, a utilização da capacidade instalada continuou elevada, mantendo-se acima de 80% pelo segundo mês consecutivo. Em abril, ficou em 82,3% (dado dessazonalizado). Mas, apesar da melhora na atividade, o faturamento real da indústria de transformação recuou 1,3% no período.
As horas trabalhadas na produção aumentaram 0,7% em abril de 2021, após alta de 1,1% em março. Na comparação com abril de 2020, as horas aumentam 35,1%. De acordo com a CNI, naquele mês a atividade industrial se reduziu significantemente por conta da pandemia.
O rendimento médio real também cresceu pelo segundo mês consecutivo, ainda que de forma mais moderada (alta de 0,2%). O rendimento médio segue inferior ao registrado em fevereiro de 2020, antes da pandemia.
O emprego cresceu 0,3%, em abril, comparado com o mês anterior. Em relação a abril de 2020, o crescimento chegou a 4,2%.
Com Agência Brasil