Oi (OIBR3): O que muda com a venda da Oi Móvel? Veja resposta do CEO

O presidente da Oi (OIBR3), Rodrigo Abreu, disse que a venda dos ativos móveis para a TIM (TIMS3), Vivo (VIVT3) e Claro não vai mudar em nada para os clientes. Segundo Abreu, as operadoras se tornarão responsáveis pelos clientes que, por sua vez, vão permanecer com seus chips e planos.

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Os clientes da Oi devem continuar a serem atendidos pelos mesmos canais, com os planos, serviço e preços e, permanecem recebendo a mesma conta ainda em nome da empresa. Rodrigo Abreu ainda informa que antes que a transação seja concluída será feita uma segunda rodada de comunicação para explicar as transferências e assunção da responsabilidade a partir da data de fechamento pelas operadoras.

“Não existe mudança ou impacto para o cliente na data de fechamento. Uma vez fechada a transação, a Oi vai continuar fazendo a operação móvel por um período para evitar qualquer ruptura aos clientes. Existe uma expectativa de concluir essa transição em doze meses”, disse o presidente ao jornal O Globo.

Desse modo, não será necessário que o cliente troque de chip ou plano pois a transição de rede será incorporada às redes das compradoras gradualmente. “Os combos consistem de vários serviços agregados. Temos planejamento de segregação mantendo todos os serviços de maneira a não causar prejuízo ao cliente.”

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Valor de venda da Oi Móvel vai abater dívidas da companhia

A Oi espera concluir o processo da venda dos ativos móveis para as concorrentes em dois meses. O processo já havia sido aprovado pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), essa última ainda pode rever a decisão.

Com a aprovação, a Oi recebe o tão esperado R$ 16,5 bilhões, dinheiro essencial para a saída da empresa da recuperação judicial. Abreu disse que a maior parte desse recurso, cerca de R$ 12 bilhões, vão para o pagamento de dívidas.

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“A venda da Oi Móvel vai cobrir o pagamento integral da dívida com o BNDES, que é de R$ 4,7 bilhões, além de parte do pagamento de bancos locais e de bancos de fomentos.”

Além disso, a companhia ainda tem planos de vender imóveis, já foram cerca de R$ 400 milhões e há um estudo da Oi que vê potencial para venda de quase R$ 2 bilhões em imóveis no longo prazo.

Com a venda dos ativos, a Oi pretende se posicionar como provedora de serviços banda larga, serviços corporativos, além da oferta de serviços de valor adicionado (SVAs).

Abreu comentou ainda ao jornal que o sucesso da V.tal, unidade de fibra ótica da operadora que teve o controle vendido para fundos geridos pelo BTG Pactual (BPAC11), será essencial para o próprio sucesso do plano de recuperação da Oi.

“A nova Oi nasce com uma reestruturação, focada 100% para o serviço ao cliente, que tem que gerir sua concessão de STFC, mas que vê no seu futuro o caminho para a fibra e todos os serviços que venham atrelados a ela.”

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Poliana Santos

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