O ministro da economia Paulo Guedes já está avistando a agilização das privatizações, que até o momento estão sendo feitas em uma velocidade moderada. Segundo o jornal “O Estado de S. Paulo”, o programa de desestatização do governo pode gerar uma quantia de até R$ 450 bilhões.
Caso o governo consiga metade desse valor, já será o maior rendimento obtido em privatizações da história do País. As instituições financeiras Bradesco BBI e Credit Suisse fizeram cálculos parecidos com o do jornal “Estadão”.
O Bradesco estimou um valor de arrecadação próximo aos R$ 470 bilhões. Entretanto o Credit Suisse calculou algo em torno de R$ 400 bilhões com as privatizações.
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Paulo Guedes afirmou que o processo de desestatização não tinha sido acelerado por conta da reforma da Previdência. Sendo assim, o ministro tinha receio de travar algum processo durante a mudança da constituição. Vale ressaltar que a reforma ainda irá passar por votação na Câmara, em segundo turno, e, logo depois, no Senado.
Objetivos da privatização
O BNDES calculou que entre 1990 e 2015 foram feitas 99 processos de privatização. Juntos, movimentaram US$ 54,5 bilhões. Se somar o valor ao obtido no governo temer (US$ 12 bilhões), o total é de US$ 66,5 bilhões. Sendo assim, o valor equivale a terceira parte do total que poderia ser arrecadado no pior cenário do governo atual.
Se Paulo Guedes conseguir tirar seus planos do papel, o País será o maior do mundo no quesito de desestatização. Dessa forma, o ministro da economia quer diminuir a interferência do Estado na economia. Na visão dele, as empresas estatais utilizam muita verba que deveria ir para outros setores. “Tem de acelerar a privatização para jogar o dinheiro na área social”, afirmou o ministro.
Além de investir em outras áreas, Guedes diz que quer diluir as dívidas de contas públicas do governo, que se encontram, hoje, no valor aproximado de R$ 3,9 trilhões.