Com destaque na venda de imóveis e entrega de novos lançamentos, o mercado imobiliário terminou o segundo trimestre de 2021 mais aquecido, de acordo com pesquisa divulgada nesta segunda-feira (23) pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).
O levantamento mostrou que 65.975 unidades de casas e apartamentos foram entregues no segundo trimestre de 2021. Com isso, a venda de imóveis no período aumentou em 60,7% na comparação com o mesmo intervalo de 2020 e foi 7,2% superior ao primeiro trimestre deste ano.
No acumulado dos últimos 12 meses, a venda de imóveis na pandemia totalizou 261.401 unidades e apresentou crescimento em relação aos 12 meses anteriores.
Em entrevista coletiva, o presidente da CBIC, José Carlos Martins, afirmou que, apesar de o segundo trimestre ter sido o melhor da série histórica, há preocupação com redução da oferta. Martins explica que o aumento nos custos dos insumos e a base de comparação fraca do ano passado podem impactar nos próximos números do ano.
Venda de imóveis: lançamentos e ofertas finais
Os lançamentos de imóveis residenciais alcançaram 60.322 unidades no segundo trimestre de 2021. Embora o número seja próximo ao da venda de imóveis, ele corresponde a um aumento de 114,6% maior na comparação com o mesmo intervalo de 2020.
Já em comparação com o primeiro trimestre deste ano, o montante é 51,3% superior. No acumulado dos últimos 12 meses, as vendas destes lançamentos totalizaram 237.157 unidades, crescimento de 23% em relação aos 12 meses anteriores.
Com mais vendas do que lançamentos, o estoque de imóveis (na planta, em obras e recém-construídos) encolheu 7,1% na comparação anual, chegando a 180.007 unidades.
Daqui para frente, de acordo com Martins, a tendência é de que a alta de preços dos imóveis se acelere com o aumento de custos e a redução de estoques.
Com base na velocidade de venda de imóveis atual, esse estoque é suficiente para abastecer o mercado por 8,3 meses. Um ano antes, estava em 12 meses.
Com informações de Estadão Conteúdo.