A venda de veículos novos no Brasil deve crescer de 10% a 12% em 2019. Pelo menos é a previsão da montadora Ford.
A estimativa de crescimento pela Ford é ainda inferior à registrada entre janeiro e novembro de 2018. No período, a venda de carros no Brasil aumentou 15%.
As previsões para a Argentina, no entanto, não são boas. Estima-se que haja aprofundamento na retração do mercado, por causa da crise econômica. As vendas argentinas registraram um recuo de 9% até novembro deste ano. Mas no ano que vem o resultado deve ser ainda pior. Espera-se que caiam entre 20% e 25% em 2019.
Se isso acontecer, o mercado de carros da Argentina será reduzido a um total de até 600 mil unidades.
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Conforme a estimativa da Ford, o crescimento esperado para o Brasil será puxado mais uma vez pelas vendas para clientes corporativos. Isto é, locadoras, produtores rurais e frotistas estão nesse grupo. A empresa considera que a venda para o consumidor comum será mais lenta. “Não estou vendo uma melhora nos juros em um horizonte de 12 meses”, declarou Rogelio Goldfarb, vice-presidente da Ford para a América do Sul.
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Previsões de crescimento em 2019
A estimativa da Ford vai ao encontro da projeção feita por Antonio Filosa, presidente da Fiat Chrysler (FCA) para a América Latina. O executivo disse que a expansão do mercado brasileiro de veículos deve ser de 8% a 11% em 2019.
As projeções de Filosa para o crescimento do setor automotivo levam em consideração a expansão do PIB entre 2,2% e 2,5%. Além disso, a inflação mantida sob controle e a proximidade da taxa básica de juros no nível atual, de 6,5%, também entram na projeção.
Entretanto, Ford e Fiat divergem sobre o motivo de alta do crescimento nas vendas de carros para 2019. Em 2017 e 2018 o setor automotivo foi puxado pela demanda de clientes corporativos. Filosa acha, no entanto, que em 2019 será o consumidor comum o principal responsável pela alta nas vendas.