Braskem (BRKM5) nega negociações com a J&F, dona da JBS (JBSS3)
A Braskem (BRKM5) reforçou que não conduz eventuais negociações da Novonor e Petrobras para a venda da companhia. A empresa respondeu à solicitação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) de esclarecimentos sobre a notícia veiculada pelo jornal Valor Econômico.
No jornal constava, entre outras informações, que a J&F, holding de investimentos da família Batista, dona da JBS (JBSS3), estaria avaliando fazer uma proposta para a aquisição da Braskem (BRKM5), em sua totalidade.
A CVM havia solicitado esclarecimentos sobre esse item, em que a Braskem deveria confirmar ou não a procedência desses fatos, bem como outras informações que considerasse importantes. Por conta disso, a empresa questionou seus acionistas na manhã desta sexta-feira (2) sobre o assunto.
A Novonor reiterou que “até o presente momento, não houve evolução material em relação a qualquer alternativa relacionada à alienação de sua participação na Braskem”.
Enquanto isso, a Petrobras (PETR4) disse que sua participação na Braskem permanece compondo a carteira de ativos à venda pela companhia, conforme divulgado em seu plano estratégico 2022-2026.
No entanto, a Petrobras reafirma que “não está conduzindo nenhuma estruturação de operação de venda no mercado privado e que não tem conhecimento sobre as negociações mencionadas na matéria”.
A matéria do Valor Econômico destacou que os representantes do sindicato de bancos credores da Novonor teriam se reunido com executivos da Apollo, BTG Pactual (BPAC11) e J&F, com o intuito de dar um retorno em relação à recusa das propostas apresentadas por eles.
O jornal apontava que BTG e J&F pretendiam adquirir a dívida de bancos credores, que atualmente soma aproximadamente R$ 15 bilhões, já considerando os descontos.
A Apollo teria feito uma oferta de R$ 45 por ação em sua proposta para a compra da Braskem na sua totalidade. A condição para essa proposta seria a saída da Petrobras para concretizar a operação.
No entanto, foi destacado que os bancos credores, entre eles, Banco do Brasil (BBAS3), BNDES, Bradesco (BBDC4), Itaú (ITUB4) e Santander (SANB11), não estariam dispostos a dar descontos no montante total de dívidas. Eles teriam entendido que os R$ 45 por ação e as condições colocada pela gestora Apollo apresentavam riscos.
Especulações sobre a venda da Braskem
Em menos de uma semana, foi a segunda vez que a empresa ou uma de suas controladoras negaram quaisquer negociações de venda da Braskem.
A última vez havia ocorrido no dia 29, em que a Petrobras, controladora da Braskem, juntamente com a Novonor, antiga Odebrechdt, afirmou não ter recusado nenhuma proposta que teria sido feita pelo BTG Pactual, conforme havia noticiado o colunista do jornal O Globo, Lauro Jardim.
A Petrobras disse na ocasião que a participação que a companhia tem na Braskem ainda estava na lista de ativos à venda. No entanto, esses rumores sobre a venda da petroquímica começaram ainda no final de julho, quando o jornal Valor Econômico publicou uma matéria em que afirmava que haviam mais duas empresas observando os ativos da Braskem. Entre eles, estariam a gestora americana Apollo e a Unipar (UNIP6).