A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP) informou nessa quarta-feira (5) que o varejo paulista faturou R$ 53,7 bilhões em maio desse ano. O montante é 13,3%, ou R$ 8,2 bilhões, menor do que o anotado no mesmo período em 2019.
De acordo com a Fecomercio-SP, o faturamento em maio é o quarto pior resultado para o mês desde o início da série histórica, em 2008. Os dados foram levantados pela Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista (PCCV) feita pela entidade. No estudo foram coletados dados de nove setores do varejo.
Além disso, o resultado foi afetado pelos efeitos da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), que levaram ao funcionamento parcial do comércio.
Já em relação ao ano, a federação salientou que no acumulado de 2020, o índice apresenta uma queda de 4,5% apesar de no acumulado dos últimos 12 meses anotar uma alta de 2%.
Ainda assim, a entidade explicou que entre os setores que fizeram parte da pesquisa, somente o de supermercados registrou um faturamento positivo, com uma alta de 20,1%, na comparação anual.
Tiveram queda no faturamento os seguintes setores:
- Lojas de vestuário, tecidos e calçados – resumo de 64,4%
- Concessionárias de veículos – resumo de 53,5%
- Outras atividades – resumo de 26,34%
Varejo em relação ao dia dos pais
A Fecomercio considera que o auxílio emergencial de R$ 600, apelidado de coronavoucher, amorteceu os prejuízos para os comerciantes no quinto mês do ano. Contudo, o fim do auxílio está previsto para setembro, e para a federação isso pode indicar uma queda nas vendas no dia dos pais.
“O dia dos pais, que já não é uma data de destaque para vendas, tenderá a ser pior neste ano, com quedas de 5,1%, no Brasil, e de 4,5%, no varejo paulista, em comparação a agosto do ano passado. O setor de vestuário, que teria potencial de se beneficiar, deve sofrer quedas de 14,8%, no Brasil, e de 8,4%, em São Paulo. Assim, no atual cenário de crise, a comemoração não terá capacidade de minimizar as perdas do período”, salientou.
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