Veja 5 empresas do varejo para apostar em 2024

Varejo em 2024: a Suno Notícias conversou com especialistas que indicaram as cinco principais ações do setor para apostar no ano que vem.

O varejo não foi um setor de destaque positivo ao longo de 2023. Com um cenário econômico ainda incerto nacional e internacionalmente, muitas empresas ligadas ao consumo acabaram penalizadas. Ao longo deste ano, duas das mais conhecidas companhias do segmento, Magazine Luiza (MGLU3) e Casas Bahia (BHIA3), acumulam respectivas quedas de cerca de 10% e 75%, por exemplo.

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No entanto, 2024 se aproxima, trazendo novas e mais animadoras perspectivas econômicas. Isso porque o Fomc, comitê de política monetária do Federal Reserve (Fed), em sua última reunião do ano, manteve os juros inalterados, mas indicou que os cortes na taxa devem começar em um futuro próximo. Já aqui no Brasil, o Copom reduziu a Selic em mais meio ponto percentual, e a expectativa é que a taxa possa cair para um dígito no ano que vem.

Varejo: sinais positivos

Esses são sinais positivos no que diz respeito ao consumo e, consequentemente, ao setor de varejo. Fazer o “stock picking”, ou escolher as melhores ações de um segmento, contudo, não é tarefa fácil. Ainda mais quando se trata de um setor tão variado quanto o do varejo na bolsa brasileira. Por isso, a Suno Notícias conversou com especialistas que elencaram cinco ações do varejo para investir em 2024.

Confira a lista a seguir:

Mercado Livre (MELI34): “Vencedora do e-commerce na América Latina”

Segundo Victor Miranda, operador de renda variável da One Investimentos, o varejo brasileiro ainda está em uma tendência de crescimento, com os principais players apresentando melhores receitas, tráfego mais forte e maiores investimentos em serviços. No entanto, ele destaca que não são todas as empresas do segmento que tendem a se consolidar:

“Continuamos vendo Mercado Livre (MELI34) como a vencedora no segmento de e-commerce na América Latina. Embora ainda sejamos conservadores no setor no curto prazo, a variedade e o maior foco no nível de serviço continuam sendo fundamentais para o sucesso e formam a base da nossa tese de consolidação. O que vai diferenciar as plataformas que crescem de plataformas que crescem e criam valor para os acionistas é o envolvimento do usuário, que gera maiores taxas de conversão e monetização. Graças ao valor do seu ecossistema, vemos MELI à frente nesse quesito, com melhorias no nível de take rates e rentabilidade, reforçando a empresa como a nossa principal escolha”, afirma.

Guararapes (GUAR3): tendência de crescimento do varejo

“A empresa foi afetada pelo ano ruim para o varejo e, mais do que isso, sofreu com o lado financeiro, com o aumento da inadimplência. Então a companhia teve que reduzir a carteira de empréstimo, mas esse ciclo negativo de crédito pode estar passando, e a parte financeira deve voltar a crescer em 2024. Então Guararapes (GUAR3) deve ter melhoras nos resultados, e além disso, a empresa tem uma alavancagem relativamente alta, então a queda nos juros vai ajudar”, afirma Leonardo Piovesan, CPNI e analista fundamentalista da Quantzed.

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Vivara (VIVA3): planos de expansão robustos

A XP Investimentos ressalta os resultados do terceiro trimestre da Vivara (VIVA3) e a sua predominância no setor de joalherias, com cerca de 18% do mercado. Segundo os analistas, a empresa tem planos de expansão robustos mesmo após abrir cerca de 60 lojas da linha Life em 2023, tendo como objetivo aumentar a linha de produtos e garantir maior diversificação geográfica.

“Continuamos construtivos com as perspectivas de crescimento e com a dinâmica de margens da Vivara, além de um valuation bastante atrativo. O preço-alvo é de R$ 28, e o papel é a nossa top pick no setor de varejo”, afirma a XP.

Grupo Soma (SOMA3): “Ação de varejo que deve subir”

“O papel ficou bem para trás nos últimos meses. Está negociando com quase 20% de desconto em relação a Arezzo (ARZZ3), que é uma empresa com a qual nós costumamos fazer a comparação. Então acredito que o papel de Grupo Soma (SOMA3) pode subir nos próximos trimestres, aliado a uma melhora nos resultados”, diz Max Bohm, estrategista de ações da Nomos.

Grupo SBF (SBFG3): lucro relevante, diz analista

“O Grupo SBF (SBFG3), dono da rede de lojas Centauro, sofreu recentemente com a alta nos estoques da Fisia, o braço de varejo voltado para a Nike. Mas no último resultado, a empresa já mostrou que está caminhando para a reversão desse ciclo negativo. Ano que vem o grupo deve voltar a dar lucro. E a expectativa é de um lucro relevante, muito por causa da reversão de ciclo, que se mostra melhor do que o esperado. Isso porque a empresa vem conseguindo renovar o estoque por preços mais baixos e mostra boas vendas na divisão da Nike”, completa Piovesan.

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Guilherme Serrano Silva

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