O varejo deve demorar dois anos para recuperar as perdas acumuladas durante a crise do setor.
O levantamento de dados sobre o varejo foi realizado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens e Serviços e Turismo (CNC) e obtido pelo “Estadão/Broadcast”.
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Mesmo com o crescimento de 2,3% em 2018, divulgada pela Pesquisa Mensal de Comércio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o varejo só vai reaver o patamar máximo de vendas, que foi alcançado em outubro de 2014, em fevereiro de 2020. Para chegar a esse número, o CNC utilizou o crescimento mensal equivalente à média dos últimos 15 anos.
No caso no varejo ampliado, as vendas só voltarão a atingir o pico de agosto de 2012 em maio de 2021. O levantamento leva em conta o crescimento médio mensal de 0,37%, obtido nos últimos 15 anos.
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O crescimento foi puxado pelos segmentos que comercializam bens essenciais, como supermercados e farmácias. Artigos farmacêuticos, por exemplo, já retornaram o melhor desempenho da série. Os supermercados estão a apenas 1,1% abaixo do ponto mais alto já alcançado. Porém, o segmento só voltará ao topo de vendas em junho de 2020.
A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) reconhece que 2018 não correspondeu as projeções. Para a entidade, a retomada ocorrerá nas vendas de 2020.
“Quando a situação financeira está ruim, as famílias destinam a renda para o consumo de itens básicos. Quando a situação começa a melhorar, aí o cenário se inverte. As famílias não vão almoçar duas vezes, então talvez troquem de carro”, explicou Fabio Bentes, chefe da Divisão Econômica da CNC, responsável pelo estudo ligado ao varejo.
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Mesmo com a elevação expressiva de 15,1% no ano passado, o varejo de veículos e motos de peças só retornará ao pico da série histórica em outubro de 2025. Já o setor de calçados alcançara a máxima histórica apenas em setembro de 2025.