O varejo registrou um crescimento de 1,8% em 2019. Os dados das vendas no comércio no ano passado foram divulgados pelo Instituto Nacional de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (12).
Segundo o IBGE, as vendas do varejo cresceram pelo terceiro ano seguido, mesmo se em proporção menor a 2017 (2,1%) e 2018 (2,3%). O crescimento acumulado nesses anos foi de 6,3%.
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Ao mesmo tempo, o setor não conseguiu ainda recuperar as perdas de 10,2% acumuladas em 2015 e 2016.
De acordo com a gerente de pesquisa do instituto, Isabella Nunes, o avanço do varejo em 2019 é devido a liberação do Fundo de Garantia do Tempo e Serviço (FGTS) e a concessão de créditos.
“A presença de recurso livre adicional devido a liberação dos saques nas contas do FGTS a partir do mês de setembro e a melhoria na concessão de crédito à pessoa física são alguns fatores que podem ter influenciado esse resultado no segundo trimestre”, informou Nunes.
Vendas no varejo no mês de dezembro retrai 0,1%
O varejo nacional registrou uma retração de 0,1% em dezembro do ano passado, em comparação com novembro. Trata-se de uma interrupção do avanço de sete meses seguidos.
Das oito atividades do comércio varejista, seis apresentaram taxas negativas de novembro para dezembro.
Os setores que apresentaram taxas negativas:
- Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos: -2,0%
- Tecidos, vestuário e calçados: -1,0%
- Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação: -10,9%
- Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumos : -1,2%
- Combustíveis e lubrificantes: -0,4%
- Outros artigos de uso pessoal e domésticos; -0,1%
As atividades que apresentaram taxas positivas:
- Móveis e eletrodomésticos: 3,4%
- Livros, jornais, revistas e papelaria: 11,6%
Segundo a gerente de pesquisa, o avanço nas atividades de venda de eletrodoméstico é em decorrência da Black Friday.
“A Black Friday em 2019 caiu na última sexta-feira do mês de novembro, o que levou o comércio a expandir as promoções para o fim de semana e, assim, muitas das vendas no varejo desse evento ocorreram já em dezembro, no domingo do dia 1°. Isso pode ter influenciado nos resultados positivos para o setor de móveis e eletrodomésticos”, salientou Nunes.