As vendas no varejo da China cresceram 0,5% em agosto, em relação ao mesmo período do ano passado, segundo informações do Escritório Nacional de Estatísticas (BNS) do país neste terça-feira (15). Essa é a primeira alta em 2020 desde o início da pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
O varejo, um dos princiais motores do consumo e da economia chinesa, tombou no início do ano em meio aos fortes efeitos do coronavírus no país. No momento mais intenso da pandemia, o indicador teve queda de 20,5% na comparação anualizada, entre janeiro e fevereiro.
Desde então, no entanto, o indicador, por mais que sempre esteve em queda, demonstra sinais de recuperação, ao passo que as medidas de conteção da doença são flexibilizadas no país e no mundo. Nesta terça-feira, o governo chinês confirmou apenas oito novos casos do coronavírus. A China acumula 85.202 casos pela Covid-19.
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Com o objetivo de fomentar o consumo e mitigar o avanço do desemprego no país mais populoso do planeta, muitas províncias e municípios disseram nos últimos meses que distribuiriam cupons de desconto ou fariam operações comerciais com bônus.
Em junho, a capital Pequim distribuiu US$ 1,7 bilhão (cerca de R$ 9,38 bilhões) em cupons de desconto. Os descontos liberados puderam ser utilizados em compras on-line ou em lojas físicas, na tentativa de procurar movimentar setores como restaurantes, turismo, comércio, educação e esportes.
Varejo indica recuperação chinesa, e o resto do mundo fica de olho
A China, local onde o coronavírus surgiu no fim de 2019, foi o primeiro país impactado fortemente pela pandemia. No entanto, também foi o primeiro país a retomar o movimento da economia e é observado como um termômetro da recuperação mundial.
Ainda segundo o BNS, a produção industrial cresceu 5,6% em agosto, em comparação a julho, após um avanço de 4,8% no mês anterior na mesma base comparativa. No que se refere aos investimentos de capital fixo, o crescimento registrou uma baixa de 0,3% nos primeiros oito meses do ano, de acordo com o escritório.
A taxa de desemprego, por sua vez, era de 5,6% em agosto, frente a 5,7% em julho. Vale ressaltar que a taxa de desemprego é medida somente em zonas urbanas. O dado, inclusive, não inclui trabalhadores migrantes que foram afetados pela pandemia de forma intensa.
O pico do desemprego neste ano ocorreu junto ao ponto mais baixo do varejo, em fevereiro, com uma taxa de 6,2% sobre a população economicamente ativa urbana.
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