Vamos (VAMO3) lucra R$ 195,5 milhões no 4T23, queda de 20% na base anual; ações caem

A Vamos (VAMO3) reportou lucro líquido consolidado de R$ 195,5 milhões no quarto trimestre de 2023, queda de 20% em relação ao mesmo período de 2022. A companhia atribui a queda a efeitos não recorrentes e desempenho mais fraco das concessionárias de agronegócio quando comparado ao ano anterior.

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As ações da Vamos abriram em alta, mas caem 0,36% por volta das 15h25 do pregão desta terça (19), após a divulgação do resultado da companhia.

O Ebitda da empresa foi de R$ 661 milhões entre outubro e dezembro, 16,6% maior do que no último trimestre de 2022. No acumulado do ano, o crescimento foi de 38%, para R$ 2,668 bilhões.

Como fatores positivos, Gustavo Couto, CEO da Vamos, destaca o bom desempenho do setor de locação, cujo Ebitda atingiu R$ 687 milhões no trimestre, alta anual de 44%. Entre janeiro e dezembro, o crescimento chegou a 66%, a R$ 2,547 bilhões.

“Vemos um crescimento saudável e sustentável na nossa principal linha de negócio”, disse em entrevista ressaltando o impulso positivo da redução da taxa de juros para esse setor.

O capex contratado da Vamos foi de R$ 1,105 bilhão no quarto trimestre de 2023, alta de 9,5% em relação ao mesmo período de 2022, “demonstrando resiliência do modelo de negócio e o potencial de crescimento do segmento de locação”, segundo o release de resultados.

Já a receita líquida consolidada atingiu R$ 1,453 bilhão nos últimos três meses de 2023, 4,4% a mais que no mesmo período de 2022. No acumulado do ano, a cifra somou R$ 6,085 bilhões, avanço de 23,9% ante os 12 meses do ano anterior.

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Desalavancagem e perspectivas da Vamos

Couto ressalta também a desalavancagem da companhia. A taxa, medida por dívida líquida/Ebitda, recuou para 3,3 vezes no final de 2023 depois de um ápice de 3,6 vezes. “Esse é o patamar que a empresa tem buscado e a deixa confortável para fazer negócios maiores e investir”, afirma o executivo.

Entre os fatores que contribuíram para esse processo de desalavancagem, Couto cita o follow-on promovido pela companhia no ano passado e a maior utilização de ativos que estavam em estoque e começaram a gerar receita. Atualmente, 91% da frota disponível da Vamos está alugada.

Olhando para frente, o CEO espera uma retomada, ainda que gradual, do desempenho das concessionárias ligadas ao agronegócio depois de serem penalizadas no ano passado por questões como menor acesso ao crédito, seca no final de ano e alta taxa de juros. “O segmento pode ter parado um pouco para tomar fôlego, mas as perspectivas são positivas ao longo do ano”, disse.

Já em locação, mesmo com o desempenho positivo em 2023, o CEO da Vamos ainda vê espaço para mais crescimento, especialmente com a desaceleração da Selic.

Com Estadão Conteúdo

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Eduardo Vargas

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