Investidores reclamaram nesta quinta-feira (30) sobre o bloqueio de compra de ações cujas ofertas públicas iniciais (IPOs, na sigla em inglês) tenham sido realizadas recentemente sob a Instrução CVM 476, de oferta restrita a investidores profissionais. Entre as empresas mais reclamadas estão a Vamos (VAMO3), Infracommerce (IFCM3) e HBR Realty (HBRE3).
A lista, contudo, abrange também os seguintes ativos:
- Aura Minerals (AURA33)
- Alphaville (AVLL3)
- HBR Realty (HBRE3)
- Vamos (VAMO3)
- Allied (ALLD3)
- Infracommerce (IFCM3)
- Dotz (DOTZ3)
- BR Advisory Partners (BRBI11)
- Três Tentos (TTEN3)
- Livetech (LVTC3)
- Agrogalaxy (AGXY3)
- CM Hospitalar (VVEO3)
Investidores reclamaram no Twitter (TWTR34) sobre o travamento de operação que até o dia anterior estavam liberadas a investidores de varejo.
PF ñ pode comprar ações q fizeram oferta 476.
DETALHE: informação ñ foi divulgada uniformemente no mercado.Aliás nem sei pq ainda insisto em chamar isto de mercado. Casino em Vegas é mais honesto@B3_Oficial @cvmgovbr VERGONHA@MPF_PGR QUANDO VOCÊS VÃO INVESTIGAR ESSA ZONA?
— Femisapien (@femisapien_z) September 30, 2021
Estou perdido querendo entender aqui rsrsrs…
A instrução CVM desde 2017 não permitia a negociação, mas era negociado mesmo assim? É isso?
E agora, em 2021, algumas corretoras estão começando a bloquear? https://t.co/kIVUVPa9Eh
— Matheus Sanches (@Matheus_cnpi) September 30, 2021
Várias empresas vieram ao mercado em um IPO com esforços restritos, isto é, sem a participação do investidor de varejo.
A aplicação da regra da Instrução 476 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) surpreendeu os investidores nesta quinta-feira. A regra permite a negociação exclusivamente a investidores profissionais, no momento na oferta pública de ações, e impede a investidores não-qualificados (que têm certificação ou R$ 1 mi investidos) nos 18 meses seguintes ao IPO.
A negociação dos ativos que vieram ao mercado pela regra de uma Oferta 476 estava liberada em todas as corretoras sem a restrição adotada hoje.
Sem a informação clara do ocorrido, o atendimento em diversas corretoras aos investidores foi confuso. Não havia explicação sobre por que não poderiam comprar os ativos e como poderiam se desfazer das posições, segundo reclamaram investidores no Twitter.
De acordo com o Brazil Journal, a decisão de bloquear os negócios veio após uma reunião entre corretoras e a B3 (B3SA3), que notou um grande número de pessoas físicas detendo papéis que deveriam ficar restritos aos investidores profissionais.
Veja a Instrução completa da CVM que regula a oferta com esforços restritos:
Procurados, B3 e CVM não retornaram nossa reportagem.
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