Vamos, subsidiária da JSL (JSLG3), faz o maior pedido da história da Volkswagen Caminhões
A Vamos Locação, subsidiária integral da JSL (JSLG3), realizou o maior pedido da história da Volkswagen Caminhões e Ônibus (VWCO). O pedido de 1.350 caminhões da montadora alemã é o maior já feito por um único cliente, conforme reportou a revista “Exame”.
O negócio contempla 20 diferentes modelos de veículos que serão entregues mensalmente até dezembro. O contrato junto à Vamos fará com que a Volkswagen reative o segundo turno da fábrica de Resende, no Rio de Janeiro, paralisado pela pandemia e em razão da menor demanda pelo setor.
“O Grupo Vamos, com a JSL, é um parceiro de décadas e temos alegria de fechar mais esse negócio. Estamos em 30 países e é uma raridade ver uma compra grande como essa, que fomenta mais o setor e estimula o aluguel de veículos pesados”, diz Roberto Cortes, presidente da VWOC, em entrevista à “Exame”.
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Em meio à crise gerada pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19), a Vamos se destaca como uma das opções para quem precisa trabalhar. “Ao aumentar a frota geramos ainda mais alternativa aos clientes que querem expandir os negócios ao mesmo tempo em que reduzem custos. A pandemia obriga as empresas a fazer uma gestão ainda mais inteligente dos seus recursos”, afirmou o presidente da subsidiária, Gustavo Couto, à revista. No segundo trimestre deste ano, a Vamos apresentou um lucro líquido recorde de R$ 39,3 milhões.
Um dos objetivos da Vamos é demonstrar ao mercado as vantagens de possuir uma frota de caminhões nova. Enquanto os veículos da companhia têm um tempo de uso médio de 2,5 anos, os 2 milhões de caminhões em atividade no Brasil têm em média 20 anos.
“O caminhão novo permite melhor gestão, manutenção, menos parada e é mais sustentável. Se toda a frota brasileira fosse substituída, a redução das emissões de particulados por esses veículos seria de 95%”, disse Couto. Cerca de 85% dos contratos do Grupo são fechados para o aluguel dos caminhões por cinco anos.
Vamos procura abrir capital
A Vamos Locação já instaurou o processo para a oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) na Bolsa de Valores de São Paulo (B3) e, por duas vezes, desistiu do processo.
A primeira vez foi em abril do ano passado. Os bancos coordenadores afirmaram que não haviam investidores interessados em chegar ao preço que a empresa pedia pelas ações, pontuando como “condições não favoráveis de mercado”. Já em março deste ano, a companhia alegou que não houve interessados na oferta. O plano inicial era vender 36,6 milhões de ações ordinárias e mais 19,4 milhões secundárias, sem contar o lote adicional e suplementar, fazendo com que oferta pudesse atingir R$ 1,53 bilhão.
A JSL havia apresentado o pedido de registro das ações de sua subsidiária à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) em 31 de janeiro, e o IPO ocorreria em 25 de março. A Vamos seria registrada no mais alto nível de governança corporativa, o Novo Mercado.