Vamos manter suporte à economia, diz Paulo Guedes
O ministro da Economia, Paulo Guedes, declarou neste domingo (22) que o governo vai continuar mantendo o suporte à economia enquanto a crise provocada pelo novo coronavírus (covid-19) continuar. A entrevista foi concedida pelo ministro ao jornal Valor Econômico.
Segundo Paulo Guedes, o Executivo está praticando as recomendação do Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre manter os estímulos para a economia.
Durante a cúpula do G20, Guedes salientou como o Brasil vai levar adiante uma retirada gradual desses estímulos.
“Prorrogamos duas vezes auxílio emergencial. Renovamos a primeira vez em R$ 600. Depois renovamos novamente até o fim do ano mas desta vez em R$ 300. Nós já estamos praticando o que eles estão falando. Temos praticado a retirada gradual”, disse o ministro, “Nós estamos atentos e tomamos os cuidados, tanto que já prorrogamos duas vezes o auxílio”.
Paulo Guedes lembrou que a redução pela metade do auxílio emergencial, o chamado “coronavoucher”, ocorreu junto com a redução de casos de covid-19 e mortes.
Para o ministro da Economia, o governo brasileiro gerenciou com sucesso os aspectos econômicos da pandemia, conseguindo reduzir os impactos da crise sanitária no emprego e, ao mesmo tempo, promovendo a retomada da atividade econômica.
Segundo Guedes, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil será mais intenso do que na maioria dos países.
Paulo Guedes defende responsabilidade fiscal
Paulo Guedes salientou como o objetivo do Executivo é um retorno ao padrão fiscal normal em janeiro de 2021, com a validade do teto de gastos mantida.
O motor do crescimento econômico, salientou o economista, deverão ser os investimentos privados. Esses poderão ter estímulos com novos marcos regulatórios, como os do:
- saneamento;
- gás natural;
- cabotagem;
- setor elétrico;
- petróleo;
- 5G;
Todos estes, assim como outros projetos de lei, já estariam tramitando no Congresso Nacional.
“Estamos aprovando os novos marcos regulatórios exatamente para transformar a recuperação cíclica baseada em consumo em retomada de crescimento auto sustentável com base em investimentos”, explicou Paulo Guedes.