A controladora JSL decidiu cancelar a oferta pública inicial de ações (IPO) da Vamos Locação. A operação foi cancelada depois que os bancos coordenadores analisaram não haver demanda suficiente para o preço que a locadora pedia. As informações foram apuradas pelo “Valor”.
A precificação da Vamos na B3 (Brasil, Bolsa, Balcão) estava prevista para a noite desta segunda-feira (29). Entretanto, com o posicionamento das instituições financeiras, a JSL não aceitou ajustar o preço e decidiu cancelar o IPO.
A demanda alcançou as previsões da Vamos na sexta-feira (26), chegando a R$1,2 bilhão. Contudo, com muitas ordens de varejo, que foram reduzidas em seguida.
Assets locais foram as principais fontes de pressão sobre o valor, uma vez que estavam cautelosas com o desempenho da JSL e Movida. O resultado apresentado pelas empresas do mesmo grupo não atingiram a previsão e causaram receio sobre a Vamos.
Vamos na B3
O código correspondente que a empresa seria negociada na B3 era “VAMO3”. A expectativa da venda de ações da companhia pertencente ao grupo JSL era de alcançar até R$ 1,1 bilhão. O período de reserva dos investidores foi do dia 16 de abril até esta sexta-feira (26).
Seria dedicado 10% das ações no Initial Public Offering (IPO) a investidores no varejo. Esses deveriam possuir de R$ 3 mil a R$ 1 milhão. A definição do preço da ação seria definida nesta segunda. Contudo, a previsão feita pela Vamos Locação estava entre R$ 17 e R$ 21. O preço médio era de R$ 19.
Ainda que a expectativa fosse alcançar R$ 1,1 bilhão, somente R$ 350 milhões ficariam com a empresa. Outra parte dos recursos seriam utilizados para pagar dividendos aos próprios acionistas. Além disso, outra parte seria destinada à JSL.
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A locadora tinha potencial em alcançar na bolsa R$ 2,6 bilhões, contanto que, a ação ultrapassasse a faixa indicativa.
Atualmente, a JSL tem participação de 100% na empresa, após o IPO, sua participação seria reduzida até 50,01%, mas o comando ainda seria dela.
IPO da Vamos
O Bradesco BBI era o coordenador-líder, mas outras setes instituições coordenariam a oferta pública, como:
- BTG Pactual (BPAC11);
- Banco Santander (SANB3);
- BofA Merrill Lynch;
- BB Investimentos;
- Caixa Econômica Federal (CEF);
- XP Investimentos;
- Credit Suisse;
- e Banco J. Safra.
A oferta teria distribuições primária e secundária de 52,85 milhões de ações ordinárias. O montante equivale a 42,8% de seu capital social. Do total;
- 26,76 milhões seriam novas ações;
- e 26,086 milhões pertencem à JSL.
As ações ordinárias de emissão da Vamos serão negociadas no segmento de listagem do Novo Mercado da B3.
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