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Vale (VALE3): pagar dividendos é prioridade para novo CFO, diz XP ao reiterar compra

Vale (VALE3) fecha acordo bilionário com controlada da Cemig (CMIG4) e compra participação na Aliança Energia

Vale (VALE3). Foto: Divulgação.

A Vale (VALE3) realizou uma reunião com analistas do mercado na última terça-feira (1º), para apresentar Gustavo Pimenta, o novo diretor financeiro (CFO) da companhia.

Em avaliação, a XP Investimentos reafirma sua visão positiva para a companhia, dizendo em relatório que não houve grandes novidades, “sem grandes mudanças na estratégia da Vale, por enquanto”. A XP mantém a recomendação de compra para a Vale, com preço alvo de R$ 97 para VALE3 e US$ 17,6 para o ADR da empresa.

Na conversa, de acordo com o banco, o executivo discutiu suas prioridades na Vale:

Em relação a visão de mercado, a gestão da Vale está mais otimista com as atividades na China em 2022. A produção de aço deve continuar em aproximadamente um bilhão de toneladas, com o mercado apertado no primeiro semestre do ano.

De acordo com a XP, a opinião da companhia é que não deve ocorrer um pouso forçado da atividade econômica no país asiático principalmente por causa das medidas governamentais para estimular o crescimento da infraestrutura.

Sobre a estratégia de volumes, houve divergência com o discurso do CFO e o que foi falado no Vale Day. A XP aponta que a abordagem “valor no lugar de volumes” difere do foco anterior, que era de aumento.

Mas, na opinião de Pimenta, a abordagem é positiva, pois o crescimento acentuado nos volumes da companhia pode reduzir os preços. A XP ressalta que “os volumes adicionais para atingir a marca de 400Mt só serão produzidos se o mercado puder absorvê-los”.

Foco em dividendos

Os analistas da XP afirmam que o foco principal do novo diretor da Vale é a redução do risco das operações por meio do descomissionamento de barragens, aumentando a eficiência. “Sr. Pimenta reiterou que é possível chegar a US$ 1 bilhão por ano em eficiência nas iniciativas de redução de custos”, relatam.

A segunda parte desse ponto é a diferença de valuation para seus pares. “O retorno em dinheiro para os acionistas (dividendos e recompra de ações) deve continuar sendo uma prioridade, sem grandes planos de investimentos ou grandes fusões e aquisições à vista”.

A questão da estrutura de capital também foi levantada. Para o CFO, o nível de US$ 15 bilhões parece justo, mas pode avançar 1x Dívida Líquida/Ebitda com pagamento de dívidas estendidas e redução do risco de operações. Ou seja, conforme a XP, a dívida líquida deve ser de R$ 20 bilhões.

Por fim, a Vale ainda está avaliando todas as possibilidades, mas quer aumentar as operações e otimizar custos.

Cotação da Vale

As ações da Vale (VALE3) operavam em alta de 0,95%, a R$ 86,12, perto do fechamento.

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