Vale (VALE3): Recompra de títulos perpétuos sem prêmio desagrada detentores

A Vale (VALE3) organizou a recompra de títulos perpétuos de dívida mas se esquivou de oferecer contrapartidas aos detentores dos papéis, que estariam, segundo o Estadão, indignados com a situação. [Baixe agora o relatório gratuito de VALE3]

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Os papéis foram emitidos pela Vale em 1997, na época da privatização da companhia, e são remunerados pelas receitas de minério de ferro. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) tem 55% dessas debêntures e, portanto, voto de minerva na assembleia, que acontecerá na próxima sexta-feira (19).

Por isso, os detentores minoritários pressionam o banco de fomento para que este tome uma posição. Para esses, como não há direito de recompra previsto na escritura das debêntures, seria necessário que a companhia oferecesse algum prêmio de compensação pelos títulos.

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Impossibilidade da Vale em resgatar papéis era o maior atrativo

Na época das vendas, segundo os debenturistas minoritários, o fato de a Vale não ter direito à recompra foi justamente um dos fatores mais atrativos da emissão.

O BNDES, de acordo com os representantes dos detentores minoritários, estaria priorizando os acionistas da Vale ao não exigir um prêmio, deixando de zelar pelo dinheiro do contribuinte, uma vez que poderia exigir mais pelos papéis e, com isso, conseguir potencializar seus lucros.

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Os títulos de dívida da Vale oferecem remuneração de 1,8% sobre a receita líquida de algumas minas da companhia, incluindo a de Carajás. O título custa R$ 60 no mercado secundário, com baixa liquidez. Segundo os debenturistas, com o novo ciclo do minério de ferro e com o avanço do dólar, o preço deveria estar em R$ 90.

Segundo o Estadão, os comentários são que o Santander (SANB11) já está de posse do mandato para organizar a recompra. A Vale e o BNDES não comentaram as informações.

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Vitor Azevedo

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