O presidente da Vale (VALE3), Eduardo Bartolomeo, reconheceu nesta terça-feira (27) que a mineradora poderá realizar uma cisão, o chamado spin-off, da sua unidade de metais básicos. O dirigente afirmou que a empresa estuda esta possibilidade, em conferência onde comentou os resultados do primeiro trimestre da companhia.
“Existe uma discrepância, que já existia no passado, de não percepção de valor de metais básicos dentro da Vale. Claro que a gente olha essa opção (do spin-off). A gente começou a analisar”, afirmou Bartolomeo.
O spin-off consiste na criação de uma empresa a partir de outra já existente. Esse tipo de operação costuma ocorrer quando uma nova empresa possui bom conceito no mercado e necessita se separar da empresa-mãe para se expandir de maneira mais acelerada.
O presidente da Vale enfatizou que a companhia sempre olha “as opções que estão a nosso alcance” e trabalha visando ao aprimoramento da produtividade de diferentes ativos de metais básicos. Neste contexto, a empresa poderia se destacar como fornecedora de produtos voltados ao mercado de carros elétricos.
Lucro da Vale cresceu 2200% no primeiro trimestre
O desempenho da companhia no primeiro trimestre foi impulsionado principalmente pela valorização do minério de ferro no mercado internacional. No balanço divulgado na segunda-feira, a Vale reportou lucro líquido de US$ 5,546 bilhões, alta de 2200%, e a receita alcançou US$ 12,645 bilhões, incremento de 81% frente aos três primeiros meses do ano passado. O Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado chegou a US$ 8,35 bilhões, avanço de 190%.
“Começamos 2021 com desempenho dentro do esperado, com boa melhora em relação ao primeiro trimestre do ano passado. Tivemos o maior Ebitda de nossa história e avançamos na estabilização da produção”, sintetizou Eduardo Bartolomeo, presidente da Vale.
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