A XP (XPBR31) removeu as ações da Vale (VALE3) e adicionou os papéis da Gerdau (GGBR4) em sua carteira “top 10” para o mês de abril.
Segundo a casa, as ações da Vale foram excluídas da carteira devido aos preços mais baixos do minério de ferro, enquanto as ações da Gerdau entraram na lista dada a visão positiva da XP sobre demanda e preços do aço, apoiando uma alta rentabilidade nos EUA.
As ações de Equatorial (EQTL3) também foram removidas da carteira da XP para reduzir a exposição ao setor, abrindo espaço para a Localiza (RENT3), “porque acreditamos que o fraco desempenho recente é um bom ponto de partida, pois esperamos recuperação em seminovos e continuação do forte desempenho do aluguel de frotas”, escreveu a casa.
A XP também removeu as ações da Vivara (VIVA3) da lista, por acreditar que as recentes mudanças na diretoria adicionaram incertezas à tese, com um desconto de governança potencialmente sendo atribuído às ações. Em seu lugar, a casa adicionou Grupo Mateus (GMAT3), por esperar uma melhoria na dinâmica de resultados do setor de varejo alimentar em 2024 devido à aceleração da inflação.
Além disso, o banco também aumentou o peso de Banco do Brasil (BBAS3) de 5% para 10%.
A carteira de ações da XP é composta por 10 papéis que são as ‘top picks’ dos analistas da casa. Nos papéis que compõem a carteira, o banco busca algumas características, como visão de longo prazo, diversificação setorial, ações com valuations atraentes, além de nomes com boas perspectivas de crescimento.
No mês de março, a carteira da XP caiu 1,2% versus um desempenho de -0,7% do Ibovespa.
Veja as recomendações da XP para o mês de abril:
- Banco do Brasil (BBAS3): 10%;
- Copel (CPLE6): 10%;
- Gerdau (GGBR4): 5%;
- Grupo Mateus (GMAT3): 10%;
- Iguatemi (IGTI11): 10%;
- Itaú Unibanco (ITUB4): 15%;
- PetroRio (PRIO3): 10%;
- Localiza (RENT3): 10%;
- Sabesp (SBSP3): 10%;
- Smart Fit (SMFT3): 10%.
Vale (VALE3) é ‘top pick’ do Santander, que demonstra otimismo com minério
Em relatório mais recente sobre a Vale (VALE3), o Santander (SANB11) ressaltou que embora a tese de investimento da mineradora continue altamente dependente da China, acredita que a companhia deve ser beneficiada por uma melhora do cenário para o minério de ferro nos próximos meses. O banco ainda reforçou a empresa como ‘top pick’ do setor de siderurgia e mineração.
“Esperamos que a demanda por minério de ferro de alta qualidade continue decente no curto prazo, beneficiando a empresa devido ao incremento do projeto S11D (localizado no município de Canaã dos Carajás, no sudeste do Pará), que aumentou a oferta da commodity de maior qualidade da companhia”, escreveram os analistas Ricardo Peretti e Alice Corrêa.
Com isso, o Santander manteve sua visão positiva sobre os preços do minério de ferro a médio prazo. “A nossa tese é orientada pela restrição de oferta, uma vez que os persistentes desafios de suprimento (por exemplo, ramp-up da Vale, ESG em destaque, falta de novos projetos, entre outros) devem sustentar os preços do minério de ferro acima de US$ 100/t por mais tempo”, pontuou o banco.
O Santander ressaltou ainda que a Vale é a ‘top pick’ do setor de siderurgia e mineração, diante da sua preferência por minério de ferro versus aço, já que agora espera preços médios de minério de ferro de US$ 105/tonelada em 2024 versus US$ 100/tonelada anteriormente. Além disso, o banco vê a Vale negociando a um valuation atraente (rendimento de FCL de 8% e 3,2x EV/Ebitda 2024E), um desconto de 28% em relação aos pares globais.
“Embora reconheçamos que a tese de investimento da Vale continua altamente dependente da China, vemos os fundamentos que apoiam os preços do minério de ferro no curto prazo ainda sólidos, especialmente no momento que passamos por uma sazonalidade de produção mais fraca no Brasil e na Austrália. Olhando para 2024, esperamos que o mercado de minério de ferro permaneça relativamente equilibrado”, acrescentaram os analistas.