Vale (VALE3) sai e Cemig (CMIG4) entra em carteira de dividendos do BB
Em novo relatório sobre sua carteira de dividendos para o trimestre de março a maio de 2024, o BB Investimentos retirou a Vale (VALE3) e colocou a Cemig (CMIG4), além de outras ações as quais a casa enxerga potencial de valorização.
Ao todo, a Carteira BB Dividendos engloba dez ações que, na visão da casa, apresentam o maior potencial trimestral de valorização dentre empresas que regularmente pagam dividendos. O índice de referência (benchmark) da carteira do BB, usado para fins comparativos de rentabilidade, é o Índice de Dividendos da B3 (IDIV).
Para o trimestre que inicia em março de 2024, a Carteira BB Dividendos retirou cinco ações: Cielo (CIEL3), CPFL (CPLE3), CSN (CSNA3), Gerdau (GGBR4) e Vale (VALE3).
Por outro lado, entram na carteira do BB Investimentos a Bradespar (BRAP4), Cemig (CMIG4), CSN Mineração (CMIN3), Grendene (GRND3) e SLC Agrícola (SLCE3).
Os novos papéis se juntam à Copasa (CSMG3), Engie (EGIE3), Petrobras (PETR4), Tim (TIMS3) e Isa Cteep (TRPL4), consolidando assim os 10 nomes que serão mantidos até o final do mês de maio de 2024.
“Em nossa metodologia, a periodicidade de alterações na carteira é trimestral, nos fechamentos dos meses de novembro, fevereiro, maio e agosto com apuração e divulgação mensal de performance, bem como a perspectiva de proventos anualizada”, pontua Rafael Reis, do time de research do BB Investimentos.
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Vale (VALE3) deve anunciar dividendos extraordinários em 2024, dizem analistas
O BTG Pactual avalia que a Vale conseguiu entregar um trimestre sólido, superando as expectativas. A mineradora teve um lucro líquido das operações continuadas de US$ 2,442 bilhões no quarto trimestre de 2023 (4T23). Diante desse cenário, os analistas continuam acreditando que dividendos extraordinários virão em 2024.
O BTG acredita que muito do pessimismo sobre a tese da companhia já está precificado, sendo esperado um ambiente operacional melhor em 2024, com os mercados de minério de ferro caminhando para mais um ano de déficits e contínuas revisões positivas de lucros.
“Estamos modelando os preços do minério de ferro em uma média de US$ 120/t para o ano, que ainda está acima do consenso, e esperamos ver mais revisões positivas nos próximos meses”, comenta o banco.
Para os analistas, os preços do minério de ferro continuam se mantendo em níveis bastante saudáveis (US$ 120/tonelada), o que contribui com a tese de investimento. Com isso, o BTG tem recomendação de compra para as ações da Vale, com preço-alvo de R$ 96, ante os R$ R$ 67 atuais.
“Enxergamos a Vale negociando abaixo de 4x EV/EBITDA projetado em 24, e esperamos yields de 12%, incluindo recompras de ações. Continuamos acreditando que dividendos extraordinários são prováveis no 2S24”, afirma o BTG, que vê dividendos totais rendendo de 11% a 12%.
Desempenho das ações de Vale
No fechamento de sexta-feira (1), as ações de Vale caíram 0,21%, cotadas a R$ 66,85, segundo o Status Invest.