A Vale (VALE3) retomou as atividades da mina de níquel Onça Puma, no Pará, nesta quinta-feira (28).
Em documento enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Vale informou sobre o deferimento do pedido de suspensão da liminar pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
A atividade da mineradora na mina Onça Puma havia sido paralisada em 18 de outubro. A companhia já havia interrompido suas operações no início do mês, mas conseguiu autorização para retomar as atividades.
Ao anunciar a mais recente paralisação da mina, a Vale destacou que seguiria tomando as “providências administrativas e judiciais cabíveis buscando reverter a ordem de suspensão das operações da mina, que entende improcedente”. O restabelecendo da última suspensão da Licença de Operação (LO) foi definido pelo Tribunal de Justiça do Estado do Pará.
Já em 4 de outubro, a mineradora divulgou que estava paralisando suas operações na mina, em virtude da notificação emitida pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (SEMAS). A medida suspendeu sua licença por descumprimento das condições de autorização, relativas à disponibilidade de estrutura de fibra ótica nos municípios de Ourilândia do Norte, Tucumã, Água Azul do Norte, Parauapebas e São Félix do Xingu, e à implantação de unidade de saúde na região.
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Hoje, após o fechamento do mercado, a Vale deve divulgar seu balanço no terceiro trimestre desse ano. As projeções do mercado para o resultado da mineradora são melhores do que foi observado no terceiro trimestre de 2020, quando registrou lucro líquido de US$ 2,9 bilhões, mas menores do que o trimestre passado, quando alcançou US$ 7,5 bilhões.
Segundo especialistas, a mineradora foi beneficiada neste trimestre pela alta do dólar, que saiu de um patamar de R$ 5,04 para mais de R$ 5,44 entre julho e setembro deste ano, elevando a sua receita com exportações. Ao mesmo tempo, o preço do minério de ferro caiu no período, mas continuou em níveis vantajosos para a mineradora.
Em relatório, o Inter Reserach projeta que a Vale deve obter um lucro líquido de R$ US$ 5,5 bilhões. Por sua vez, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) deve ser de US$ 8,5 bilhões. Já a XP tem a previsão de um lucro líquido de US$ 4,6 bilhões, enquanto o BTG Pactual (BPAC11) projeta um lucro líquido de R$ 4,7 bilhões e um Ebtida de US$ 7,12 bilhões.