Vale (VALE3) pagará R$ 535,4 milhões em remuneração semestral de debêntures participativas
A Vale (VALE3) informou que realizará o pagamento de remuneração das debêntures participativas no próximo dia 2 de outubro, no valor bruto de R$ 1,378039458 por debênture, totalizando R$ 535.449.710,83.
Terão direito ao pagamento os detentores com posição em custódia na B3 (B3SA3) e/ou no Bradesco (BBDC4), no fechamento da próxima sexta-feira (29). Segundo a Vale, esse valor contempla os seguintes pagamentos:
- prêmio sobre venda do produto minério de ferro (R$ 520.172.384,17);
- prêmio sobre venda do produto concentrado de cobre (R$ 15.206.976,01);
- prêmio sobre alienação de direitos minerários (R$ 70.350,65).
Ainda de acordo com a mineradora, a liquidação financeira ocorrerá em 3 de outubro de 2023, conforme agente custodiante do título.
“Há incidência de imposto de renda na fonte na modalidade de rendimento referente a investimentos financeiros de renda fixa, sobre o montante a ser pago aos debenturistas, aplicando-se a alíquota relativa à situação individual do beneficiário, com exceção daquele que comprovar, de modo inequívoco, o seu direito à dispensa de retenção na forma da lei”, acrescentou a Vale.
Vale (VALE3): Cade aprova negociação com Manara Minerals para aquisição de fatia da VBM
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a negociação envolvendo a venda de 10% da Vale Base Metals (VBM) por parte da Vale (VALE3) para a Manara Minerals, em decisão publicada no Diário Oficial da União (DOU) na última sexta-feira (22).
Com a aprovação do Cade, o órgão indica que as partes possuem autorização para implementar a operação, se entenderem conveniente. A decisão não cita a compra de 3% por parte da Engine No.1, uma vez que esta aquisição em específico não foi objeto de análise do Cade.
A Vale mantém o cronograma de fechamento da transação previsto para o primeiro trimestre de 2024, conforme divulgado em julho, sujeita às condições precedentes cabíveis, incluindo a aprovação das autoridades regulatórias relevantes, disse a companhia.
Vale vende 13% de sua unidade de metais básicos por US$ 3,4 bilhões
A Vale (VALE3) anunciou, em 27 de julho, que concluiu um acordo para venda de participação em sua unidade de metais básicos (VBM), avaliada em US$ 26 bilhões. Com isso, a saudita Manara Minerals e a americana Engine No. 1 vão pagar US$ 3,4 bilhões e passarão a deter 13% da VBM.
A Manara, joint venture saudita entre o fundo soberano PIF e a mineradora Ma’aden, fará o maior aporte, cerca de US$ 2,6 bilhões e, consequentemente, pegará a principal fatia (10%) do negócio. Já a Engine No. 1 deterá uma participação de 3%.
Segundo a Vale, a parceria estratégica na unidade de metais básicos irá acelerar o crescimento da VBM, apoiando a transição energética global. “Com nosso portfólio de alta qualidade, estamos posicionados de maneira única para atender à crescente demanda por metais verdes essenciais à transição energética global, ao passo que continuamos comprometidos com práticas socioambientais robustas e com a mineração sustentável”, afirma e Eduardo Bartolomeo, CEO da Vale.
A mineradora projeta que, ao longo da próxima década, a VBM invista cerca de US$ 25 a 30 bilhões em projetos minerais estratégicos, possibilitando um potencial aumento de produção significativo em cobre de cerca de 350 kt/ano para 900 kt/ano e em níquel de cerca de 175 kt/ano para mais de 300 kt/ano.
Robert Wilt, diretor executivo da Manara Minerals, afirma que a parceria visa o longo prazo. A Manara Minerals traz investimento de longo prazo, experiência em mineração e conhecimento profundo do setor, e atuará como parceiro estratégico chave na resiliência da cadeia global de suprimentos e nos esforços de transição energética”, diz o executivo.
Lucro recuou 78% no 2T23, para US$ 892 milhões, com queda do minério de ferro
A Vale (VALE3) reportou lucro líquido de US$ 892 milhões no segundo trimestre, valor que representa uma queda de 78% em um ano, se comparado aos US$ 4,093 bilhões registrados no mesmo período de 2022. O resultado reflete os preços menores do minério de ferro no mercado internacional.
Em seu documento de demonstrações financeiras, a Vale também culpou a maior apreciação do real diante do dólar no período, somado aos preços menores do minério de ferro e do níquel e algumas provisões tributárias.
A queda de patamar dos preços provocou baixa de US$ 1,34 bilhão somente no lucro da Vale no 2T23.
O impacto da combinação preço e câmbio também foi sentido nos outros indicadores financeiros. A receita líquida da Vale somou US$ 9,6 bilhões, um recuo de 13% na comparação com o 2º trimestre de 2022.
No comunicado, a Vale explica que o resultado foi influenciado também pela menor marcação a mercado das debêntures participativas e pelo impacto da baixa de R$ 5,5 milhões de tributos diferidos de ativos relacionados às provisões da Fundação Renova, após o plano de recuperação judicial.
O Ebitda da Vale (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, utilizado para medir a lucratividade operacional de uma empresa) ajustado das operações continuadas no período foi de US$ 3,8 bilhões, queda de 26%.
Desempenho das ações da Vale
Cotação VALE3
Com informações de Estadão Conteúdo