Vale (VALE3): Relatório sobre segurança de barragens tem 380 recomendações
A Vale (VALE3) divulgou nesta quarta-feira (19) o relatório final do Comitê Independente de Assessoramento Extraordinário de Segurança de Barragens, o CIAE-SB, que conta com 380 recomendações.
Os pontos destacados pela equipe foram baseados em análises técnicas e em visitas feitas pelos seus integrantes a infraestruturas da Vale – formado em maio de 2019, logo após o acidente de Brumadinho, o comitê acaba de ser encerrado.
O grupo foi liderado pelo professor Flavio Miguez Mello, engenheiro especializado em barragens e com mais de 50 anos de experiência, com auxílio de Willy Alvarenga e Pedro Cesar Reppeto, todos não funcionários da Vale.
Segundo a mineradora, das 380 recomendações apontadas pelo comitê, 265 já foram atendidas. “As recomendações e observações produzidas pelo CIAE-SB tiveram como objetivo principal assessorar o Conselho de Administração da Vale, bem como as equipes de geotecnia e de projetos rumo ao aperfeiçoamento de suas práticas em segurança e gestão de risco”, explica o documento.
O comitê agora será desfeito e os seus integrantes passarão a fazer parte de uma mesa de revisão de projetos e de risco.
Comitê avaliou vários pontos de estruturas da Vale
Segundo o documento de 100 páginas, os integrantes do CIAE-SB analisam fatores como a geotecnia, hidrologia e materiais utilizados nas várias construções da Vale.
O comitê independente, em sua conclusão, elogia a agilidade da Vale em realizar alguns projetos mais urgentes, como, por exemplo, na criação de uma estrutura de contenção na mina de Gongo Soco, em Barões de Cocais (MG), e também a iniciativa de empilhamento a seco dos rejeitos.
Apesar disso, os especialistas apontam que a Vale, em vários de seus projetos, faltou com dados básicos sobre as construções. “Recomenda-se que as prospecções em fase de concepção de projeto (projeto básico) sejam as mais detalhadas possíveis para que sejam evitadas essas interrupções durante a implantação de barragens ou de alteamentos de barragens ou de pilhas”, afirma o comitê.