As ações da Vale (VALE3) amargam nova queda no Ibovespa desta quinta (4). No fechamento, os papéis da companhia caíram 3,12%, cotados a R$ 66,85. A queda da Vale hoje pressiona o Ibovespa, que encerrou o dia com alta de 0,37%, aos 102.174,34 pontos.
Mas não é apenas a Vale que está caindo no índice. Seus pares da mineração e também da siderurgia seguem pelo mesmo caminho negativo. E o motivo não é exatamente uma novidade para os investidores: o minério de ferro voltou a cair.
Nesta quinta, a commodity atingiu a menor cotação desde 9 de dezembro de 2022. As negociações diurnas na bolsa de Dalian, na China, fecharam com queda de 2,31%, a cerca de US$ 100,95 (698,5 iuanes) a tonelada do metal. Em Cingapura, a cotação fechou a US$ 99,2 a tonelada.
A queda do minério decorre após a divulgação de dados do Índice de Gerentes de Compras (PMI) industrial da China, que recuou para 49,5 em abril, abaixo da expectativa de 5,3 do mercado, indicando contração da atividade econômica do país.
Diante do pessimismo com a commodity, não somente a Vale caiu no Ibovespa, mas seus pares de setor também recuaram. Confira as cotações abaixo:
- CSN Mineração (CMIN3): -2,68%;
- CSN (CSNA3): -6,22%;
- Gerdau (GGBR4): -4,13%;
- Usiminas (USIM5): -1,25%.
Vale vai receber US$ 67,9 milhões pela venda de participação na MRN
Após confirmar, na última semana, a venda de 40% da sua participação na Mineração Rio Norte (MRN), a Vale deu mais detalhes da transação.
Em comunicado ao mercado, arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a mineradora revelou o acordo vinculante com a Ananke Alumina S.A., uma afiliada da Norsk Hydro ASA, corresponde a US$ 67,9 milhões.
De acordo com a Vale, a transação, que ainda está sujeita às aprovações regulatórias, conclui o desinvestimento completo dos ativos de alumínio da empresa, conforme anunciado em abril de 2010.
Na ocasião, os direitos de offtake [contrato de compra mínima garantida] de bauxita da MRN foram direcionados para a afiliada da Hydro, sob contratos de longo prazo.
Além disso, a nota destaca que o programa de desinvestimento permitiu que a Vale simplificasse e reduzisse a exposição ao risco dos seus negócios – resultando assim na eliminação de despesas de até US$ 2 bilhões por ano.