Vale (VALE3) se aproxima de fechar venda de 10% de unidade para a Arábia Saudita, diz jornal
A Vale (VALE3) está próxima de fechar um acordo para vender uma participação de 10% na sua unidade de metais básicos para um consórcio formado pelo fundo soberano da Arábia Saudita e uma mineradora saudita, a Ma’aden. As informações são do jornal americano The Wall Street Journal.
Segundo a publicação, o Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita (PIF, na sigla em inglês) e a mineradora Ma’aden devem desembolsar US$ 2,5 bilhões pela participação, avaliando a unidade da Vale em US$ 25 bilhões.
A decisão pode ser anunciada ainda nesta semana, e o PIF já havia despontado como o principal favorito para adquirir uma participação de 10% nas operações de cobre e níquel da Vale, segundo fontes ouvidas pela Bloomberg no mês passado.
Em dezembro do ano passado, a Vale anunciou que estava avaliando a venda da participação na sua unidade de metais básicos, sem revelar o preço que estava pedindo ao mercado. Entre as empresas interessadas, estavam a General Motors e o Qatar Investment Authority.
Vale divulgará resultado trimestral do 2T23 nesta quinta-feira
A Vale comunicou ao mercado que divulgará seu resultado trimestral referente ao segundo trimestre deste ano (2T23) na próxima quinta-feira, dia 27 de julho.
No dia 28, a Vale realizará sua teleconferência de resultados com investidores e analistas, iniciando às 11h (horário de Brasília).
No seu último balanço trimestral, a Vale reportou lucro líquido atribuível aos acionistas de US$ 1,837 bilhão no primeiro trimestre deste ano (1T23), queda de 58,8% sobre igual período de 2022, quando obteve US$ 4,458 bilhões.
Não foi apenas o lucro da mineradora que caiu. O Ebtida ajustado da Vale (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) marcou US$ 3,576 bilhões, recuo de 43,5% em relação aos US$ 6,214 bilhões obtidos no mesmo intervalo de 2022.
Vale muda estratégia e tem novas apostas na questão energética; Veja quais
A Vale (VALE3) está mudando sua estratégia e está com novas apostas nas questões tecnológica e energética, referente aos caminhões e trens que transportam seu minério de ferro, conforme apuração feita Estadão/Broadcast.
No lugar da eletrificação do transporte do minério de ferro, a Vale pretende aderir nos próximos anos ao uso de combustíveis renováveis em seus veículos de carga.
O Estadão/Broadcast aponta que a pretensão da Vale é dar preferência para combustíveis como etanol, diesel verde (HVO) e amônia verde, por exemplo.
No entanto, essa alteração na estratégia da Vale não gerou mudanças em sua meta de diminuição de emissão de carbono, que é 33% até o ano de 2030 para os escopos 1 (transporte) e 2 (energia da operação).
Além disso, para esses mesmos escopos, a expectativa da Vale é zerar suas emissões de carbono até o ano de 2050. As mudanças de estratégia na questão energética e tecnológica buscam viabilidade financeira e estrutural ao seu processo de descarbonização.