O diretor financeiro executivo da Vale (VALE3), Luciano Siani, afirmou nesta sexta-feira (3) que companhia está pronta para retomar o pagamento de dividendos, à espera somente da redução das incertezas relacionadas à pandemia do novo coronavírus.
O CFO da mineradora declarou, em live promovida pela XP Investimentos, que essas incertezas ainda dependem do comportamento da China, principal destino das exportações da Vale.
Caso não haja retomada da política de dividendos, a empresa emendará em setembro dois anos sem distribuição dos pagamentos. A remuneração foi suspensa depois do desastre da queda da barragem de rejeitos de Brumadinho (MG).
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A previsão para os preços internacionais do minério de ferro é de recuo no segundo semestre, conforme a mineradora brasileira pretende retomar parte de seu potencial produtivo.
A companhia registrou um primeiro trimestre fraco, no qual teve de diminuir seu guidance e enfrentou atrasos na retomada de produção de produção de minas paradas após Brumadinho e efeitos da crise do coronavírus.
Meta da Vale é elevar ritmo de produção
Depois de trimestre fraco, executivo salientou que a companhia estará em uma posição de ofertar maior volume. Tendo em vista o segundo trimestre, o CFO declarou que a meta da Vale é aumentar o ritmo de produção, em relação ao obtido nos seis primeiros meses deste ano.
A empresa busca bater o objetivo anual, que já considera um provisionamento de perdas associadas à pandemia da covid-19 em 2020 de até 15 milhões de toneladas.
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“Os preços do minério de ferro devem cair no segundo semestre… mas é melhor a companhia produzir com sua potencialidade em um mercado menor do que ficar na situação de restrição e favorecendo seus concorrentes”, detalhou o diretor.
A Vale enfrentou problemas durante a pandemia após algumas de suas minas do Complexo de Itabira (MG) serem interditadas judicialmente, em razão de um surto da covid-19 entre os funcionários. As operações, entretanto já fora retomadas. “A companhia quer retomar a produção, mas retomar de maneira segura”, salientou o CFO.
