Analistas do Itaú BBA, em seu novo parecer sobre as ações da Vale (VALE3), reiteraram que enxergam a companhia como sua predileta dentre o segmento de siderurgia e mineração – apesar de a companhia apresentar desempenho negativo no Ibovespa em 2024, com queda de 7%.
O relatório se deu após uma revisão de modelo do BBA. A casa manteve o preço-alvo das ações da Vale em R$ 88 – o que implicaria em uma alta de 22% nos papéis VALE3, dada a cotação atual.
Contudo, para as ADRs da companhia, o preço-alvo foi cortado de US$ 19 para US$ 18.
“Atualizamos nosso modelo para incorporar o novo guidance da Vale para investimentos, volumes e custos e nossas mais recentes premissas macroeconômicas e de custo de capital, além da curva de preços de minério de ferro”, justifica Daniel Sasson.
Os especialistas destacam que o mercado de minério de ferro deve seguir relativamente apertado no curto prazo.
“Os preços do minério de ferro têm oscilado em cerca de US$ 130 a 140 por tonelada nas últimas semanas, apoiado pelas expectativas de aumento no consumo de aço e demanda na China após o anúncio de dois pacotes de estímulo no país”.
O BBA ressalta que, juntos, os dois pacotes deverão totalizar cerca de 2 trilhões de yuans (ou cerca de US$ 280 bilhões), o que poderia compensar uma recuperação lenta do mercado.
“Em suma, prevemos uma dinâmica de oferta e demanda um tanto restrita para a indústria de minério de ferro entrando em 2024, com produção sazonalmente mais fraca no 1T24 e produção de aço ainda resiliente na China” conclui a casa.
Desempenho das ações da Vale
Os papéis da Vale tem apresentado um desempenho negativo nos primeiros pregões do ano, acumulando uma queda de 7% em 2024. Em uma janela maior, de 12 meses, as ações da mineradora caem 22%.