Vale (VALE3): Safra corta preço-alvo, mas mantém otimismo; veja por quê
Em novo parecer sobre a Vale (VALE3), analistas do Safra reiteraram otimismo com a mineradora.
Nessa atualização, contudo, o preço-alvo das ações da Vale foi cortado de R$ 86 para R$ 80. Atualmente os papéis VALE3 negociam a cerca de R$ 62 em bolsa.
“A classificação de desempenho superior foi mantida à medida que vemos mais riscos ascendentes para as nossas estimativas e um valuation atraente. Nossas discussões recentes com clientes centraram-se na percepção de risco em torno do caso de investimento da Vale, que acreditamos ter diminuído desde a nossa última atualização no final de fevereiro, embora os preços das ações tenham caído 4% desde então”, diz o Safra.
Os principais temas em que a casa vê mais vantagens nas estimativas do que do que os riscos descendentes são:
- os preços das matérias-primas
- restrições à produção
- disposições adicionais
“Além disso, encontramos algum conforto em manter nossa postura positiva, já que a Vale possui o maior rendimento médio do fluxo de caixa estimado para 2024 e 2025 dentro da nossa cobertura (em ~13% no período) e o múltiplo implícito na sua cobertura”, observa o Safra.
‘Efeito Samarco’ fez Safra revisar a tese de Vale
Dito isso, a tese do safra é de uma boa “assimetria de risco”. Isso inclui também as provisões relacionadas ao evento da Samarco, que afetaram a companhia recentemente e fizeram analistas realizarem novos cálculos.
“A Vale reconhecia US$ 1,2 bilhão em provisões adicionais relacionadas à Fundação Renova e a um potencial acordo global no 4T23. A provisão da Vale para o evento atingiu então US$ 4,2 bilhões, ou US$ 2,3 bilhões a menos que o valor da da BHP provisionado para o mesmo assunto”, diz a casa.
“Consideramos US$ 2,3 bilhões em provisões adicionais para a Vale em nosso previsões, que podem revelar-se exageradas caso seja aprovada a nova proposta de liquidação, que acreditamos que não resultaria no reconhecimento de provisões adicionais pela Vale”, completa.
Os especialistas então ressaltam que o preço-alvo foi afetado negativamente por provisões incrementais relacionadas à Samarco (+US$ 1,8 bilhão) e à venda de uma empresa menor participação na Vale Metais Básicos (-US$ 800 milhões).