A Vale (VALE3) empenhará esforços para retomar as atividades da usina hidrelétrica Risoleta Neves, em Minas Gerais. A unidade foi atingida pelo acidade na cidade de Mariana, em novembro de 2015, quando a barragem do Fundão foi rompiada.
Em comunicado divulgado ao mercado na madrugada desta quarta-feira (5), a Vale disse que, em reunião com representantes da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), “manifestou empenho em solucionar as questões relativas à aplicação do Mecanismo de Realocação de Energia (MRE) ao Consórcio Candonga”,
O consórcio, controlado pela Vale, é o operador da hidrelétrica. A barragem do Fundão, por sua vez, é controlado pela mineradora através da Samarco.
Em dezembro do ano passado, a Aneel havia dado seis meses para que a mineradora retomasse as operações na usina. “A Vale empenhará todos os esforços para equacionar a questão junto à Aneel e demais órgãos envolvidos”, diz o documento arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Valor de mercado da Vale pode se aproximar de R$ 1 trilhão
Após atingir um feito histórico e chegar a um valor de mercado de quase R$ 600 bilhões na B3 na última semana, a Vale agora pode atingir outro patamar.
Hoje, o preço das ações da empresa está em torno de R$ 110, ainda longe do preço-alvo de até R$ 158 projetado pelo mercado para o fim deste ano. Essa projeção considera as perspectivas futuras de ganho de receita da mineradora, com base num cenário de cotações do minério de ferro ainda em elevação.
Se a conta se confirmar, os papéis da Vale na Bolsa brasileira ainda teriam espaço para avançar 43% no ano, levando seu valor de mercado total para cerca de R$ 858 bilhões (a preços de hoje). Entre as instituições que apostam na alta, estão o JP Morgan, Ágora e XP, com um preço justo mínimo de R$ 122.
A empresa brasileira aparece quase R$ 120 bilhões à frente do gigante do e-commerce argentino Mercado Livre (MELI34), segundo ranking da consultoria Economática. Nos últimos 12 meses, as ações da Vale mais do que dobraram de valor.