Vale (VALE3) recebe oferta bilionária por 10% do seu negócio de metais básicos, diz jornal

A Vale (VALE3) recebeu, ainda no início desta semana, uma oferta vinculante para aquisição de uma fatia de 10% da sua unidade de metais básicos, segundo apuração do Valor Econômico.

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As fontes apontam que a proposta deve ser analisada pelo Conselho de Administração da Vale já na semana que vem, no dia 25 de maio.

As estimativas são de que a venda de uma fatia dos negócios da Vale tenha um valor de US$ 2,5 bilhões.

“Não é só uma questão de preço. A companhia terá de avaliar o formato dessa venda de fatia. Será vai preferir vender para uma só companhia ou formar um consórcio com um grupo de investidores”, disse uma fonte.

Ainda em meados de 2022, a Vale havia anunciado que buscava um sócio estratégico para sua unidade de cobre e níquel, a fim de destravar o valor do negócio.

Em ocasiões anteriores, a divisão de metais básicos da Vale já havia atraído gigantes, como a General Motors, e fundos de pensão e soberanos, como o Qatar Investment Authority (QIA) e o CPP, do Canadá.

Além disso, no início deste ano, o presidente da Vale deu uma declaração citando que “a demanda [do segmento de metais básicos] estava chegando e não estava bem precificada”.

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Conforme o guidance e as sinalizações da companhia, a empresa quer aumentar sua produção de cobre para 335 mil a 370 mil toneladas neste ano para 900 mil toneladas por ano no ano de 2030.

No caso do níquel, o plano é sair da faixa atual, de 160 mil a 175 mil toneladas ao ano, para chegar a 300 mil toneladas no ano de 2030.

Vale vendeu fatia na MRN, maior produtora e exportadora de bauxita do país

A empresa também venderá 40% da sua participação na Mineração Rio Norte, a MRN, conforme divulgado no fim de abril.

A MRN é a maior produtora e exportadora de bauxita do Brasil, fundada em 1979, localizada no distrito do Porto de Trombetas no oeste do estado do Pará.

Segundo o documento, a Vale assinou o acordo para venda com a Ananke Alumina, uma afiliada da Norsk Hydro.

“Essa transação marca a conclusão do principal programa de desinvestimento da Vale, que envolveu a venda de mais de 10 ativos non-core em vários continentes desde 2019. Através desse programa, a Vale conseguiu simplificar e reduzir a exposição ao risco dos seus negócios, resultando na eliminação de despesas de até US$ 2,0 bilhões por ano”, diz o comunicado da Vale.

A Hydro já detinha uma participação de 5% na companhia que é o centro da transação, sendo que Vale (VALE3) detinha justamente 40% do capital da companhia – exatamente a fatia vendida.

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Eduardo Vargas

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