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Vale (VALE3) inicia obras da planta da Tecnored, de ferro gusa verde, em Marabá (PA)

Vale. Foto: Divulgação

Vale (VALE3) - Foto: Divulgação

A Vale (VALE3) informou nesta terça-feira (5) que deu início às obras de implantação da primeira planta comercial da Tecnored, em Marabá, no Pará, em um evento organizado pela companhia.

De acordo com fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o evento foi feito em conjunto ao governo do estado do Pará e é “um importante passo para apresentar à cadeia de siderurgia uma solução tecnológica viável para seus investimentos de descarbonização.”

“A tecnologia Tecnored é inovadora no mercado e permite produzir o chamado ferro gusa verde”, diz a nota da Vale. O ferro gusa verde é feito a partir da substituição de carvão metalúrgico por biomassa, reduzindo assim as emissões de carbono em até 100%. Ou seja, diz a empresa, é um passo importante na contribuição para a descarbonização da siderurgia.

“A implantação da Tecnored contribui para tornar a cadeia do processo cada vez mais sustentável. O projeto Tecnored é de grande importância para a Vale e para a região e trará ganhos de competitividade, sustentabilidade ambiental e desenvolvimento para a região”, afirma o presidente da Vale, Eduardo Bartolomeo.

A companhia informou que a unidade em Marabá terá capacidade inicial de produção de 250 mil toneladas de ferro gusa verde por ano. A previsão é de que pode chegar, futuramente, a 500 mil toneladas a cada doze meses. A projeção de início das operações é de 2025, com investimento estimado em aproximadamente R$ 1,6 bilhão.

Em função do menor número de etapas, como a ausência da sinterização e coqueificação, estima-se que a tecnologia possui investimento e custo operacional de 10% a 15% inferior à rota tradicional de produção via alto-forno.

A planta comercial da Tecnored no Pará faz parte “do esforço da Vale de desenvolver novas tecnologias e oferecer a seus clientes siderúrgicos soluções tecnológicas para ajudar nos seus investimentos para descarbonização de seus processos produtivos”. A estratégia, lembra a companhia, também contribui para que a Vale alcance o compromisso de reduzir 15% das emissões líquidas de Escopo 3 até 2025.

“A Vale busca reduzir suas emissões absolutas de Escopo 1 e 2 em 33% até 2030 e alcançar neutralidade até 2050, em linha com o Acordo de Paris, liderando o caminho em direção à mineração sustentável”, disse a empresa.

Sobre a Tecnored, subsidiária da Vale

A Tecnored é uma subsidiária da Vale focada no desenvolvimento de um processo de ferro gusa de baixo carbono, feito por meio do uso de fontes de energia, como biomassa, gás de síntese e hidrogênio. Emitem menos CO2 que os processos tradicionais de fabricação de ferro gusa, como o carvão e o coque.

Com o uso da biomassa, o caminho para a neutralidade econômica de carbono pode ser alcançado a médio prazo.

Atualmente, a Vale mantém uma planta-demonstração em Pindamonhangaba (SP), com capacidade nominal de 75 mil toneladas/ano, onde foram realizados testes para desenvolvimento da tecnologia e viabilidade técnica e econômica.

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