Vale (VALE3): entenda o que esperar do novo plano estratégico

Nesta terça-feira (03), a Vale (VALE3) realiza seu investor day em Nova York, evento no qual a companhia deve divulgar o seu novo plano estratégico de 5 anos, batizado de “Vale 2030”.

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Em relatório, o Itaú BBA lista algumas metas e ações-chave que devem ser anunciadas pela empresa, tais como:

  • Flexibilidade operacional: Ampliar o fornecimento de minério de alta qualidade para preencher lacunas causadas pelo esgotamento de recursos na indústria.
  • Redução de custos: Atingir um custo C1 abaixo de US$ 20/tonelada e reduzir o custo entregue na China para menos de US$ 50/tonelada.
  • Metais básicos: Expandir a produção de cobre para 500 mil toneladas anuais até 2028, aumentando a participação de metais básicos no EBITDA consolidado.

Minério de ferro

  • Capacidade de produção: O BBA espera que a Vale reafirme a meta de médio prazo de 340-360 milhões de toneladas, com foco no aumento da confiabilidade e qualidade da produção, investindo em projetos como Vargem Grande, Capanema e S11D+20.
  • Custo e eficiência: A empresa deve detalhar os planos para reduzir o custo C1 abaixo de US$ 20/tonelada e o custo entregue na China para menos de US$ 50/tonelada, priorizando aglomerados e melhorias no portfólio.
  • Perspectivas para 2025: A produção deve ser orientada entre 325-335 milhões de toneladas.

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Metais básicos

  • Crescimento do cobre: A Vale buscará aumentar a produção para 500 mil toneladas anuais até 2028, com investimentos em projetos como o Salobo 3.5 e melhorias nas taxas de recuperação.
  • Diversificação do EBITDA: A meta é elevar a representatividade dos metais básicos no EBITDA consolidado, reforçando o segmento como estratégico.

Alocação de capital

  • Capex estável: A orientação de investimentos deve permanecer próxima de US$ 6,5 bilhões/ano.
  • Aquisições e parcerias: A Vale continuará avaliando oportunidades que estejam alinhadas com seus objetivos estratégicos, como a recente parceria com a Anglo American.
  • Flexibilidade em novos projetos: A empresa deve preferir desenvolver seus próprios ativos, mas pode considerar parcerias para determinados projetos, caso isso gere maior valor.

Desafios e prioridades (próximos 6-12 meses)

  • Concessão ferroviária: Discussões sobre a renovação da concessão ferroviária serão essenciais para a logística.
  • Decreto das cavernas: Regulamentações ligadas à preservação de cavernas são cruciais para expandir a produção em Carajás.
  • Melhorias institucionais: A Vale tem trabalhado para fortalecer seus relacionamentos institucionais, o que pode facilitar operações e crescimento.

Em resumo, os analistas afirmam que o evento será um marco para a empresa apresentar sua estratégia focada em eficiência operacional, diversificação do portfólio e disciplina na alocação de capital, enquanto busca resolver questões regulatórias e institucionais que impactam suas operações.

O Itaú BBA tem recomendação de compra para as ações da Vale (VALE3), com preço-alvo de US$ 13 para os ADRs negociados em Nova York.

Por volta das 16h desta segunda-feira (02), a Vale (VALE3) operava em alta de 0,58% no Ibovespa, com as ações cotadas a R$ 59,11.

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Guilherme Serrano

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