Vale (VALE3) e mineradoras respondem sobre segurança de 31 barragens, diz jornal
Empresas mineradoras que atuam em Minas Gerais atenderam ao pedido do governo do Estado e compartilharam os dados sobre o nível de segurança das suas barragens. Ao todo, as mineradoras Vale (VALE3), CSN Mineração (CMIN3) e ArcelorMittal entregaram relatório sobre as condições de 31 barragens de rejeitos de minério, aponta o jornal Valor Econômico.
As informações foram solicitadas pelo governador Romeu Zema, devido as chuvas fortes que atingem Minas Gerais desde o início da semana e causam prejuízos à atividade econômica e das mineradoras do Estado.
De acordo com determinação do governo estadual e o Ministério Público, as mineradoras teriam 24h a partir de terça-feira (11) para apresentar dados sobre uma série de medidas, como:
- o nível médio de chuvas nas barragens,
- plano para o período chuvoso,
- avaliação da performance do sistema de drenagem,
- anomalias registradas, e
- ações adotadas para manutenção e monitoramento das barragens.
Segundo a Defesa Civil do Estado, 28 barragens estão no nível 1 de segurança, oito estão no nível 2, e três estão no nível 3 – o mais crítico -, das quais, duas são da Vale e uma da Minerações Brasileiras Reunidas. Os dados são de setembro de 2021.
Vale, CSN e Usiminas interrompem atividades
No fim de semana, o dique da mina Pau Branco, barragem do conglomerado francês Vallourec, transbordou, causando o alagamento de rodovias próximas. Nas redes sociais foi possível ver a força da lama arrastando carros. Na terça-feira, o governo estadual anunciou que multou a empresa em R$ 288 milhões.
Em Brumadinho – palco da tragédia em que o desabamento de barragem matou mais de 260 pessoas há três anos -, um trecho próximo de rodovia foi interditado por causa da erosão que derrubou parte do acostamento e da faixa direita da via.
Já em Pará de Minas (MG), Pitangui (MG), Onça de Pitangui (MG), São João de Cima (MG), Casquilho de Baixo (MG), Casquilho de Cima (MG) e Conceição do Pará (MG), as autoridades orientam os moradores a deixarem imediatamente suas casas, por causa do “alto risco” de rompimento da barragem do Carioca, da Companhia Santanense de Tecidos.
Além dos danos, a Vale, a CSN Mineração (CMIN3), a Companhia Siderúrgica Nacional (CSNA3) e a mineradora controlada da Usiminas (USIM5) interromperam as atividades por conta das fortes chuvas.