O bilionário israelense, Beny Steinmetz, compareceu a um tribunal na Suíça nesta semana para ser julgado por suposta corrupção ligada a um importante negócio de mineração na Guiné. De acordo com o empresário, a Vale (VALE3) tinha o objetivo de ficar com 100% de sua exploração no país africano e que a empresa “mentiu” no processo em que abriu contra ele.
A empresa de Steinmetz, a BSGR, foi acusada de pagar subornos de pelo menos 8,5 milhões de dólares de 2006 a 2012 para obter licenças de exploração de minério de ferro no sul da Guiné. Além disso, pagou oficialmente US$ 165 milhões ao governo local pela concessão e dezoito meses depois, fechou um acordo de parceria com a Vale, no valor de US$ 2,5 bilhões.
A promotoria pública de Genebra alega ainda que, a partir de 2005, o executivo se envolveu em um “pacto de corrupção” com o ex-presidente da Guiné, Lansana Conté, que esteve no poder de 1984 a 2008, e sua quarta esposa, Mamadie Touré.
Com isso, a Vale entrou com processo no Tribunal de Arbitragem Internacional, em Londres e venceu em 2019, sob a alegação de que empresário omitiu informações da empresa ao ingressar na sociedade, entre elas o pagamento de propinas. Desta forma, Steinmetz teve que pagar US$ 2,2 bilhões em indemnização.
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Além disso, no ano passado, o executivo recebeu um parecer do ex-juiz e ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, que
indicou que a Vale não teria direito ao dinheiro.
Ao ser questionado pela promotoria de Genebra sobre o caso da Vale, Steinmetz declarou : “Existem novas coisas que vão sair e mostrar que a Vale mentiu durante o processo (em Londres)”, disse, garantindo que ainda tem “possibilidade de ganhar”.
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