A Vale (VALE3) permanecerá com a meta estipulada anteriormente em seu guidance, de 310 milhões a 330 milhões de toneladas, para a produção de minério de ferro neste ano. Diretores da empresa também disseram, em teleconferência, nesta quinta-feira (30), que possuem um “plano claro” para retomar a capacidade de produção de 400 milhões de toneladas ao ano no final de 2022.
De acordo com o diretor executivo de Ferrosos e Carvão da mineradora, Marcelo Spinelli, a empresa focará no aumento de produção, considerando novos ativos nos sistemas Sul e Sudeste.
Caso chegasse nas 400 milhões de toneladas, o resultado significaria um grande avanço em relação ao guidance que a Vale ainda mantém como meta para este ano, de 310-330 milhões de toneladas, apesar de dificuldades apontadas pelo mercado para atingimento da meta.
Spinelli também disse que os impactos da pandemia de coronavírus sobre a produção de minério de ferro em 2020 ficarão em torno de 10 milhões de toneladas.
Também na teleconferência realizada pela Vale nesta quinta-feira, a empresa informou que após uma produção de 127 milhões de toneladas nos primeiros seis meses do ano, deverá produzir 183 milhões de toneladas.
Spinelli também chamou a atenção para a produção do Sistema Norte, que tem crescido e bateu recorde, recentemente, produzindo 370 mil toneladas em um dia. Isso aconteceu no empreendimento S11D, em Carajás, no Pará.
O presidente da Vale, Eduardo Bartolomeo, afirmou, também durante a teleconferência, que a mineradora utilizou US$ 6 bilhões com reparações e indenizações pelo rompimento da barragem de Córrego do Feijão, em Brumadinho, Minas Gerais. Do total, US$ 2,6 bilhões foram desembolsados e os outros US$ 3,4 bilhões provisionados. Até agora a Vale pagou R$ 3,9 bilhões em indenizações.